Este trabalho discute a atuação do psicólogo escolar no incentivo à elaboração do Projeto-Político-Pedagógico pela comunidade escolar. Aborda temas como política, relações de dominação/hierarquização escolares, formação/atuação do psicólogo escolar e exercício da autonomia. Abdicando da autoridade de especialista servindo à normatização, o psicólogo pode questionar relações de hierarquização escolares, bem como sensibilizar quanto à ideia de que a identidade da escola é historicamente construída e sua realidade é modificável pela ação coletiva da comunidade. Atuou-se numa escola pública de Ensino Fundamental, séries iniciais, de Brasília-DF, utilizando a observação participante em reuniões semanais com a equipe pedagógica e pensando-se a postura do psicólogo como mediador. O Projeto-Político-Pedagógico é importante mecanismo de trabalho coletivo, permitindo a constituição da identidade da escola, de posicionamentos políticos e diretrizes de trabalho coerentes com cada realidade. Enfatizou-se a consolidação de um processo de reconhecimento da possibilidade de autonomia na construção do Projeto-Político-Pedagógico pela equipe pedagógica.
A violência é um importante tema transversal aos estudos sobre a deficiência. Quando exercida contra pessoas com deficiência, liga-se a elementos de estigmatização, quebra do direito ao pleno desenvolvimento e consequente exclusão social. Neste trabalho, por meio de análise crítica da literatura, problematiza-se a concepção de uma vulnerabilidade necessariamente aumentada desses sujeitos a sofrerem violência em razão de uma condição assumida como sendo inerente a eles, para localizar a temática no âmbito das relações interpessoais, familiares, comunitárias e institucionais. A psicologia deve contribuir para construir políticas públicas que atuem no enfrentamento à violência contra pessoas com deficiência, concebendo seu desenvolvimento como processo contínuo, dinâmico, não delimitado a priori e qualitativamente diferenciado, em que exercem papel ativo. É essencial uma educação para os direitos e a cidadania, bem como a ação do Estado na criação de instâncias de cuidado, em sentido amplo.
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