Esta pesquisa tem como objetivo identificar as funções linguístico- discursivas desempenhadas por comandos de reescrita do formador e das respostas apresentadas por professores em formação inicial, no processo de reescrita do gênero Relatório de Estágio Supervisionado, em uma licenciatura em Letras. Trata-se de um estudo de caso desenvolvido a partir de uma pesquisa documental de caráter qualitativo. Numa investigação longitudinal, criamos categorias analíticas caracterizadoras da interação pela escrita nas atividades de reescrita dos relatórios: apagamento da informação apresentada; fuga da informação solicitada; indicações ignoradas; e expansão reflexiva da informação apresentada. Essa última reflete o que é esperado na escrita do gênero textual em questão: a reflexão sobre práticas pedagógicas vivenciadas no período de estágio. Como principal aporte teórico-metodológico para análise linguística dos dados, utilizamos a linguística sistêmico-funcional. O processo de reescrita na formação inicial do professor é uma prática sustentável, pois não se esgota ao fim do estágio obrigatório. Ao contrário, pode ser transformada de acordo com a necessidade do aluno-mestre quando do exercício do magistério. Além disso, contribui para o desenvolvimento da prática de reflexão que deverá ser parte da identidade do futuro professor de língua materna. Os resultados mostram, portanto, que a reescrita deve ser uma prática constitutiva da escrita acadêmica, colaborando para o fortalecimento tanto do letramento acadêmico quanto daquele necessário para o local de trabalho.
RESUMO Apresentamos, neste artigo, um estudo comparativo entre as abordagens teóricas desenvolvidas no Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) e na Linguística Sistêmico-Funcional (LSF). Objetivamos identificar as semelhanças e/ou diferenças entre essas duas correntes teóricas, visto que ambas têm contribuído significativamente para os estudos linguísticos desenvolvidos no Brasil, seja no campo teórico ou aplicado. Embasamo-nos, principalmente, em Bronckart (2003; 2013), e Halliday e Matthiessen (2014). Os resultados da pesquisa demonstram que há semelhanças entre as duas correntes teóricas na forma como ambas concebem a linguagem, em como veem a linguagem em uso e, também, nas suas concepções de texto. Foram identificadas divergências na forma como as teorias linguísticas abordam a questão de tipo de discurso e gênero textual.
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