A proposta do Educar para o Mundo é repensar a forma como se estuda e se atua na área de Relações Internacionais, especialmente nos projetos de extensão da área, inspirados em autores que pensam criticamente sobre a forma como a área acadêmica se relaciona com a sociedade à qual pertence. A exemplo de Paulo Freire, decidimos ir além da sala de aula para nos inserirmos na realidade dos imigrantes latino-americanos em São Paulo. Iniciamos nosso trabalho em uma escola pública que abrigava uma porcentagem significativa de crianças bolivianas e que tinha uma dificuldade considerável em lidar com este grupo. Após anos de uma relação profícua, porém difícil e desgastante, percebemos que o modelo de escola tradicional com que trabalhávamos oferecia mais barreiras do que novos caminhos para expandir nossa atuação com os migrantes e optamos por fortalecer nossa presença nos espaços públicos e junto aos movimentos organizados de imigrantes. Entendemos que o diálogo com interlocutores ativos e dispostos oferece grandes possibilidades de realizar o trabalho de extensão comunicativa popular. Este artigo apresenta os principais resultados alcançados por nosso coletivo em seus seis anos de existência e debate os caminhos da extensão popular para a área de Relações Internacionais.
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