O intuito deste trabalho é discutir o problema da linguística lacaniana enquanto base científica para a prática psicanalítica. Ato contínuo, a tese que se apresenta é a de que tal linguística pode ser pensada como sustentáculo científico para a psicanálise desde uma aproximação com a matemática pura enquanto ciência que se respalda a partir de juízos sintéticos a priori. Por fim, respondese afirmativamente ao problema se considerado que a linguística lacaniana, em especial o entendimento da cadeia significante, respeita o mesmo funcionamento da proposta kantiana para as proposições matemáticas.
Este relato de pesquisa tem por objetivo apresentar uma experiência de elaboração e execução de um curso de Capacitação em Cuidados em Saúde Mental realizado inicialmente no segundo semestre do ano de 2019 e repetido no primeiro semestre do ano de 2020 em uma Instituição Federal de Ensino Superior no sul do país. O referido curso foi ofertado em quatro encontros somando vinte horas de capacitação mesclando aspectos teóricos e experiências práticas. Sua proposta se efetivou devido ao reconhecimento dos proponentes, ambos psicólogos, de que a equipe do setor onde atuavam carecia de segurança para oferecer uma escuta inicial e encaminhar discentes que se apresentavam alterados emocionalmente. Dessa forma, apresentamos neste artigo a metodologia utilizada para o curso, além de explorarmos os conteúdos nele trabalhados para, finalmente, concluirmos que a capacitação atingiu seus objetivos, a recortar nossa tese de que uma capacitação em saúde mental, quando oferecida a profissionais de áreas diversas à da psicologia e/ou psiquiatria, traz resultados importantes na melhoria da qualidade do atendimento e no desenvolvimento da saúde mental do próprio profissional atendente.
O foco do presente artigo consiste naquilo que se convencionou denominar de Psicanálise Aplicada. A partir de um estudo teórico, objetiva-se analisar a possibilidade ou impossibilidadede se fazer Psicanálise fora dos consultórios. Especificamente, pretende-se delinear o que é a Psicanálise Aplicada e quais suas diferenças da então Psicanálise Pura, ou Psicanálise Livre, como denominada por Sigmund Freud em sua obra. Inicia-se este estudo com a conceituação própria de Psicanálise Aplicada, posteriormente, apresentam-se algumas discussões a respeito da prática psicanalítica em instituições, uma discussão acerca da instituição na qual a psicanálise é aplicada e do psicanalista enquanto aplicado à instituição. Finalmente, conclui-se com reflexões acerca da possibilidade ou impossibilidade da Psicanálise, ou melhor, dos psicanalistas,avançarem para fora do consultório e adentrarem as instituições com o objetivo de ouvir a subjetividade e sustentar um lugar de palavra para o sujeito (do inconsciente) ali, onde quer que ele se coloque, seja na escola, no hospital, ou em qualquer outra instituição social.
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