We examined the abundances of two species of benthic foraminifera that host algal endosymbionts (SBF) in two sedimentary reefal areas (Pirangi and Maracajaú) of Rio Grande do Norte (RN, Brazil). The original dataset is based on 95 samples collected in winter in 2013 and 2014 by divers or grab samplers, and is compared to other known Brazilian reefs. The tests of Amphistegina gibbosa were conspicuous in sediments associated with coral and coral-rubble substrata, whereas tests of Amphisorus hemprichii were best represented in sediments associated with seagrass. Our studies also have revealed that populations of these species are depauperate near tourism sites in Pirangi, as the area is affected by trampling from tourist activities. In the Maracajaú area, these populations are healthier, except at sites severely affected by tourism. Differences in microhabitats of the two taxa are likely to be associated with the degree of anthropogenic influence on the inner shelf at Pirangi compared to the offshore Maracajaú area.

Em estudos na plataforma continental brasileira com sedimentação mista carbonática e siliciclástica tem se utilizado de foraminíferos como bioindicadores de produtividade carbonática, correntes marinhas, entradas de nutrientes, e saúde ambiental. O presente trabalho tem como objetivo investigar a cobertura sedimentar recente da plataforma externa equatorial do Rio Grande do Norte, entre os vales incisos Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, para compreender a distribuição de nutrientes e produção carbonática através de assembléias de foraminíferos. Foram utilizados métodos estatísticos para os dados bióticos, em valores quantitativos e qualitativos. Análises granulométricas, de teores de CaCO3 e de matéria orgânica permitiram o reconhecimento de seis facies sedimentares. A presença de Globigerina rubra, Quinqueloculina patagonica, e Peneroplis pertussus está relacionada à intrusão de correntes oceânicas sobre a quebra da plataforma. Além disso, a presença de Buccella peruviana, se correlaciona aos altos teores de CaCO3 e matéria orgânica. As espécies de foraminíferos supracitadas podem indicar ocorrência de fenômenos oceânicos como giro tropical e ressurgência. A diversidade de organismos simbiontes e sua correlação aos abióticos se relacionam à produção carbonática e ao ambiente plataformal pristino.