É inegável o papel das universidades no desenvolvimento das sociedades. O seu contributo é perceptível no acervo de conhecimento. No ano de 2019, em uma mudança de governo federal brasileiro, da esquerda substituída pela direita, uma parte das comunicações sociais e do próprio governo questionaram o modelo de universidades públicas. Rapidamente reações favoráveis e desfavoráveis encadearam-se por todo o Brasil. A gestão das universidades está acompanhando as demandas do seio social? Respostas: em parte. A problematização versa sobre autonomia e controle. Sobre controle enfatiza-se eficiência, monitoramento produtivo, otimização, relação custo-benefício, desempenho, estes como sendo um tabu nas entidades de ensino. E quando se fala em autonomia universitária, pensam-se independência, liberdade, autogoverno, autossuficiência, emancipação, soberania. Entretanto, autonomia requer, para além de essas definições, outras reflexões. As universidades públicas devem prestar contas à sociedade, leia-se: o quão beneficia os demandantes. Diante do exposto e das provocações governamentais e da mídia social, este paper discute alguns trabalhos científicos e opiniões jornalísticas como é vista as universidades (eficiência, eficácia e produtividade), como também a sua autonomia. O objetivo nuclear direciona-se para dois outros periféricos: expor reflexões acerca da gestão das universidades brasileiras sob o olhar governamental e recortes de jornais, no primeiro semestre de 2019; b) observar quais são os propósitos das universidades do século XXI exigidos na questão da autonomia. O referencial teórico trabalha a autonomia universitária e aspectos gerenciais. A pesquisa é qualitativa, bibliográfica, documental, telematizada, exploratória, iconográfica. Os resultados apontam que, no Brasil, mesmo com o avanço em publicações entre os anos de 2000 e 2019, as universidades contribuem de forma moderada com publicações, patentes e ranking quando confrontadas com as estrangeiras. Também, os procedimentos gerenciais como produtividade, controle, visão de mercado ainda são incipientes. Já a autonomia do pensar concreto e abstrato deve ser mantida e ampliada, sem esquecer de prestar contas à sociedade de onde é oriundo seus recursos para sobrevivência organizacional. Requer, então, um up grade das universidades 4.0 brasileiras ao modernizar, inovar, criar, pensar, filosofar, refletir, poetizar, ou seja, uma revolução ampla, impactante, disruptiva.