Os povos ciganos são uma minoria historicamente excluída, invisibilizada e perseguida nos diferentes países onde se encontram, especialmente se considerarmos o contexto de sua chegada à Europa e os processos de colonização desenvolvidos por esse continente. Diante disso, trabalhamos neste texto os modos como as comunidades ciganas estão sendo impactadas pela pandemia da COVID-19, a partir de discussões das áreas da comunicação e da saúde, bem como de uma visão crítica dos processos mencionados anteriormente. Refletimos teoricamente sobre como essas etnias são atravessadas por múltiplas opressões que as colocam em situação de desigualdade e qual o papel da comunicação em sua inclusão social ou na manutenção de sua exclusão. Destacamos como sua invisibilidade e estereótipos históricos foram aflorados durante a pandemia, aprofundando as relações de desigualdades. A partir de um olhar crítico sobre as relações discursivas, analisamos duas reportagens jornalísticas publicadas ainda em 2020, uma, no Brasil, do jornal goiano O Popular, e outra, em Espanha, do jornal ABC de circulação nacional. A culpabilização das populações ciganas pela disseminação do vírus e seu silenciamento enquanto sujeitos capazes de articular e de refletir discursivamente sobre suas condições e situações no contexto da pandemia foram alguns dos resultados encontrados, mostrando semelhanças nas representações dos povos ciganos no contexto ibero-americano.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a relação entre os povos ciganos e as questões ambientais, a partir dos conceitos de justiça ambiental e tendo como ancoragem a Educação Ambiental Fenomenológica. Trazemos uma contextualização sobre as condições socioambientais dessas comunidades, abordando histórico e origem, diversidade cultural e identitária, bem como as condições de vida. Na sequência, aprofundamos o olhar para os modos como os povos ciganos são impactados pelas crises climáticas e como essas questões colocam em risco a conservação e a manutenção das culturas romani, enquanto identidades de resistência. Para finalizar demonstramos a importância da educação ambiental para estabelecermos um diálogo com os saberes ciganos, para a construção de um conhecimento emancipatório e libertador.
Frequentemente empenhados em analisar as situações de desigualdade e exclusão social enfrentadas por minorias étnicas, pesquisadores da Comunicação lidam com questões metodológicas de peso: como adequar o ímpeto racionalizante do estudo ao modo de vida do outro? Como preservar e valorizar esse modo de vida do outro – sua cultura, seus costumes e crenças, sua alteridade mesma – sem abdicar do olhar crítico e do rigor teórico-conceitual postulados pelo saber acadêmico? Como tornar o saber acadêmico permeável a outros saberes?
Este artículo tiene como objetivo discutir el concepto de “cultura gitana” y su descolonización, a partir del debate sobre interfaces estereotipadas creadas y mantenidas por el imaginario social occidental y sus sistemas simbólicos, como el sentido común, las artes, los medios de comunicación y la ciencia. Tomando como principio el concepto de interculturalidad, apunto una perspectiva decolonial a la “identidad gitana”, enfatizando la importancia de la autorrepresentación romaní para el fin de los estereotipos, los prejuicios, la invisibilidad y el silenciamiento que históricamente nuestras comunidades han sufrido en todos los países occidentales, ya sea en Europa o América. En el primer tema abordo la descolonización del concepto de cultura, trayendo la perspectiva de la interculturalidad como lucha anticolonial y la categoría de cultura como dimensión política. A continuación, propongo la descolonización del concepto de “gitanos”: romper con los estereotipos y el racismo, cuestionando los procesos históricos de denominación y clasificación identitaria de las “comunidades gitanas”. En el tercer tema, concluyo reflexionando sobre la descolonización de la “cultura gitana” y reafirmando nuestras múltiples identidades.
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