<p><strong>Resumo</strong>: O artigo apresenta um panorama crítico da produção sobre História da educação na América portuguesa. Discute as razões da escassez de trabalhos dedicados à História da educação na América portuguesa e apresenta algumas possibilidades abertas ao referido tema pela História cultural, com especial destaque para a História dos livros. A intenção é promover uma espécie de “suspensão na descrença” de se produzir estudos sobre a História da educação na América portuguesa face suas especificidades e suas relações com a História cultural.</p><p><strong>Palavras-chave</strong>: América Portuguesa; História da Educação; História Cultural; Historiografia.</p><p><strong>Abstract</strong>: This paper presents a critical overview on the production of history of education in Portuguese America. It discusses the reasons for the scarcity of studies devoted to the history of education in Portuguese America and presents some possibilities on that issue opened through cultural history, with special emphasis on the history of books. The intention is to promote a kind of "suspension of disbelief" to produce studies on the history of education in Portuguese America facing their specificities and their relations with cultural history.</p><p><strong>Keywords</strong>: Portuguese America; History of Education; Cultural History; Historiography.</p>
Práticas, representações, suportes, formas, textos, intertextualidades, contextos... A história social e cultural da escrita, em diversos caminhos, vem ganhando destaque como tema de investigação nas últimas décadas. O presente artigo apresenta alguns resultados de pesquisas que versam sobre dois grupos de agentes envolvidos na “cultura dos escritos” em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII e início do século XIX. Em um primeiro momento, busca definir as potencialidades analíticas do que compreende por “cultura dos escritos”. Na sequência, aquilata a presença de “agentes das letras”, nomeadamente advogados e professores, que atuaram em Mariana, entre os anos de 1750 e 1834. Os resultados apresentados sugerem como provável a hipótese de que as Minas Gerais, pela sua riqueza e relevância administrativa, não foi terreno estéril ao cultivo do escrito.
Resumo Nas últimas décadas, a análise da ocupação das áreas da capitania e da província de Minas Gerais ganhou destaque na historiografia especializada. Em boa medida, os estudos têm ressaltado o desenvolvimento rural e das atividades agropecuárias, concomitantemente ou em substituição aos trabalhos de extração aurífera, cuja produção declinou ao longo da segunda metade do século XVIII. Este artigo apresenta uma contribuição pontual ao debate sobre a territorialização das Minas por meio da análise de um documento inédito referente à Guarapiranga: o “Rol dos que confessaram e comungaram no ano de 1766”. Relacionando a análise quantitativa e qualitativa dos dados extraídos do referido rol com registros populacionais do século XVIII e XIX, o artigo apresenta um panorama populacional, territorial e administrativo de uma das mais importantes freguesias do termo de Mariana - uma região de fronteira que, na segunda metade dos Setecentos, se tornaria a mais populosa e economicamente atrativa do leste mineiro.
RESUMO O objetivo deste artigo consiste em analisar a distribuição e composição da população escravizada numa das freguesias mais prósperas do termo de Mariana no decorrer do século XVIII: a de Guarapiranga. Para tanto, é adotado como fonte o inédito “Rol dos que confessaram e comungaram no ano de 1766”, cujos números são comparados com os do pouco conhecido Mapa da população da Leal Cidade de Mariana no ano de 1810. Objetiva-se dessa maneira compreender a distribuição da população escravizada pelas unidades domiciliares da freguesia no decorrer das décadas.
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