O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de estudantes de graduação do curso de Odontologia em relação à indicação e uso dos anestésicos locais nos procedimentos clínicos e cirúrgicos. Trata-se de um estudo prospectivo, observacional tendo como instrumento de coleta um questionário composto de perguntas abertas e fechadas sobre a temática. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, 59 acadêmicos que obedeciam aos critérios de inclusão e exclusão participaram do estudo respondendo ao questionário. A amostra apresentou média de idade de 22,75 anos, 17 (29,31%) eram do sexo masculino e 41 (70,68%) do feminino, sendo que um participante não declarou o sexo. A média de tempo cursando Odontologia foi de 4 anos, sendo que 19 alunos (31%) cursavam o 6º período, 22 (37,9%) o 8º período e 18 (31%) o 10º período do curso. Situações relacionadas à toxicidade do anestésico foram corretamente identificadas por 20 participantes (57,2% dos 35 que responderam à pergunta), 56 (94,9%) realizaram anamnese direcionada e 55 (93,2%) fizeram a escolha do sal anestésico de acordo com a condição sistêmica do paciente. Porém, quando questionados sobre a dose anestésica máxima em determinada situação clínica, apenas 6 (10,2%) responderam corretamente. Considerando a disponibilidade de anestésicos para uma exodontia simples em paciente hipertenso ou diabético controlado, gestante, lactante e criança, pouco mais que a metade dos alunos (62,7% a 52,5%) souberam indicar corretamente solução anestésica, considerando a lidocaína com vasoconstritor o anestésico de escolha. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas quando comparado o gênero dos acadêmicos em relação ao uso de anestésico tópico (p=0,018) e uso de anestesia local para o procedimento de raspagem periodontal subgengival (p = 0,008), sendo as duas indicações mais comuns na parcela feminina da amostra. Conclui-se que a maioria dos acadêmicos possui conhecimentos necessários para escolha do sal anestésico e sucesso quanto ao emprego da técnica, entretanto não realizaram de forma correta o cálculo da dose máxima recomendada diante de uma situação clínica hipotética, necessitando, neste e em outros parâmetros, de revisão de conceitos, procedimentos e condutas clínicas.
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