A pandemia da COVID-19 impôs aos indivíduos diversos desafios e restrições, tal como o isolamento social. Esse, por sua vez, pode gerar sintomas negativos como ansiedade, depressão e tristeza, podendo levar ao consumo e abuso de substâncias que alteram o estado de consciência, o humor e os sentimentos. Determinar a prevalência e a avaliação do consumo de drogas lícitas e ilícitas em três períodos distintos relacionados ao isolamento social (3 meses anteriores ao isolamento de 2020, durante o isolamento social em 2020 e durante o isolamento social em 2021), durante a pandemia de COVID-19. Questionário online autoaplicado, disponibilizado em dois momentos distintos da pandemia. Foram obtidas 726 respostas na primeira etapa de investigação, sendo a maioria do sexo feminino (84,71%), idade entre 18 e 25 anos (39,26%) e autodeclarados caucasianos (82,09%). A maioria possui ensino superior completo (41,32%) seguido de 34,16% com ensino superior incompleto. Na segunda etapa, foram obtidas 151 respostas, sendo a maioria dos respondentes do sexo feminino (82,12%), de faixa etária entre 18 e 25 anos (59,60%) autodeclarados caucasianos (83,89%). Em relação a escolaridade 51,66% possui ensino superior incompleto seguidos de 23,84% com ensino superior completo. Observou-se queda no consumo da maioria das substâncias lícitas e ilícitas em 2020. Já em 2021 foi observado aumento no consumo de drogas ilícitas, como ecstasy e cocaína. Através do presente artigo, pode-se conhecer algumas alterações de consumo das substâncias em dois momentos distintos da pandemia de COVID-19, sendo esse conhecimento relevante para a saúde pública, já que o consumo de drogas acarreta em prejuízos para os usuários e para a sociedade.