OBJECTIVE: This study verified the association between hand grip strength and body mass index, subjective global assessment and nutritional risk screening 2002. METHODS: This cross-sectional study calculated the body mass index, measured hand grip strength and administered the subjective global assessment and nutritional risk screening 2002 to 118 patients hospitalized at the University Hospital of the Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brazil. Hand grip strength was compared with the reference values for the Brazilian population according to gender and age. The statistical analyses included the Student's t-test or Mann-Whitney test and multiple linear regression. The results were considered significant when p<0.05. RESULTS: The prevalences of nutritional risk or malnutrition according to body mass index, global subjective assessment, nutritional risk screening 2002 and hand grip strength were 3.5%, 50.9%, 33.9% and 35.6%, respectively. Malnourished individuals according to body mass index had, on average, 11.0kg less hand grip strength than the nourished individuals (p=0.008). There was no association between hand grip strength and the subjective global assessment (malnourished individuals had -2.8kg; p=0.078) and nutritional risk screening 2002 (malnourished individuals had -1.5kg; p=0.352). CONCLUSION: Hand grip strength was associated with body mass index but not with the subjective global assessment or nutritional risk screening 2002.
O aumento de peso da população mundial tem levado a alterações no comportamento alimentar com o objetivo de reduzir a ingestão energética e consequentemente o peso. Porém, a restrição alimentar tem se mostrado não ser sustentável a longo prazo e ainda pode ser responsável pela falha das tentativas de emagrecimento. A alimentação intuitiva aparece como uma alternativa de modelo de alimentação que se relaciona ao bem estar físico e mental e pode ser orientada por um nutricionista. O objetivo do estudo foi observar a percepção dos usuários a respeito dos atendimentos nutricionais na lógica da alimentação intuitiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através da aplicação de um guia de atendimento na lógica da alimentação intuitiva e de aplicação de um roteiro de entrevista pré-estruturado com os participantes da pesquisa. O estudo foi realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde de um município do sul do Brasil. O guia de atendimento foi aplicado em 5 consultas quinzenais. A análise de dados foi realizada através de análise de conteúdo temática categorial. Participaram deste estudo 17 usuários selecionados de acordo com os critérios de inclusão. Destes, 5 (29,4%) desistiram da pesquisa durante o período de coleta de dados e 3 foram retirados devido às faltas nas consultas (11,8%) e por não ter respondido sobre o motivo da desistencia (5,9%). Para cada uma das respostas às perguntas do roteiro de entrevista pré-estruturado, foram identificadas de uma a cinco categorias. Sobre os motivos que levaram a pessoa a buscar o atendimento nutricional, foram identificadas as categorias “Saúde”, Estética, emagrecimento ou insatisfação corporal” e “Melhora da relação com a comida”. Em relação as expectativas sobre o atendimento, foram identificadas as categorias “informação nutricional”, “auxílio no emagrecimento” e “comer disfuncional”. Para as perguntas sobre o que o participante achou do atendimento nutricional e como descreveria a forma de atendimento foram identificadas as categorias “diferente do método tradicional”, “centrado na pessoa”, “surpresa por encontrar essa forma de atendimento no SUS” e “processo de autocnhecimento”. Sobre como a pessoa avalia o atendimento nutricional foi identificada a categoria “Expectativas superadas”. Em relação a como a pessoa se sentiu sendo atendida daquela forma, foram identificadas quatro categorias: “foco no emagrecimento”, “expectativa”, “centrada na pessoa” e “com melhoras na relação com o corpo e com a comida”. Para a pergunta como está a sua relação com a comida após o tratamento?, foram identificadas quatro categorias: “mentalidade de dieta”, “mudança de pensamento e atitude em relação a alimentação”, “autoconhecimento e consciencia alimentar” e “esperança de melhorar”. Podemos concluir que a alimentação intuitiva está alinhada com a humanização proposta no SUS e ao método clínico centrado na pessoa, além de ter sido bem aceita pelos participantes da pesquisa, e que se coloca como ferramenta para a promoção da alimentação saudável na APS de uma forma abrangente e humanizada.
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