A trombose venosa cerebral (TVC) é uma forma rara de acidente vascular cerebral que geralmente afeta jovens, especialmente as do sexo feminino, em idade reprodutiva. A TVC é potencialmente fatal, por uma condição neurológica que pode ser frequentemente negligenciada, devido à natureza vaga de sua apresentação clínica e radiológica. A cefaleia é a manifestação mais comum sintoma. No entanto, uma ampla gama de sintomas pode estar presente, e os sintomas podem ser agudo, subagudo ou crônico. A neuroimagem é obrigatória nos casos em que suspeita de TVC. Tanto a venografia por ressonância magnética quanto a tomografia computadorizada podem confirmar o diagnóstico de TVC. A anticoagulação com heparina de baixo peso molecular é à base do tratamento. A hemorragia intracraniana não é considerada uma contraindicação ao uso de anticoagulantes na TVC. Objetivou-se assim relatar a ocorrência, o diagnóstico e a realização do tratamento para TVC, em um jovem. O paciente apresentava histórico pregresso de trauma crânio encefálico, causado por um coice de um animal de grande porte, datado de três anos, antes da manifestação dos sintomas que levaram ao diagnóstico de TVC, sendo realizados então exames de imagem, que possibilitaram o fechamento do diagnostico, sendo instituído o tratamento em unidade de terapia intensiva, sendo o uso de anticoagulante o principal protocolo para resolução do caso, segundo Ferro & Canhão (2022b), esse tratamento instituído é o que proporciona melhores resultados para pacientes acometidos por TVC, concluiu-se então a eficácia nos métodos de diagnóstico e tratamento instituído para essa patologia.
Introdução: A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença autoimune definida pela baixa contagem de plaquetas, sendo a segunda principal causa de distúrbios sanguíneos na gravidez e com maior risco de recorrência durante a gestação. Objetivo: descrever o diagnóstico e tratamento de uma gestante portadora de (PTI) que evoluiu com acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH). Relato de caso: Paciente do sexo feminino com 27 anos de idade, em sua terceira gestação, com histórico de dois partos normais e sem abortamentos. Na sétima semana de gestação evoluiu com quadro de cefaleia e plaquetopenia associadas a petéquias na mucosa oral e membros inferiores, sendo admitida em serviço de referência apresentando hemoglobina de 11,7 g/dL e plaquetas 5.000/mm3. No sexto dia de internação hospitalar (DIH), a paciente evadiu do nosocômio, retornando após um mês com quadro de confusão mental, desorientação, cefaleia holocraniana, petéquias e hematomas disseminados, além de lesão equimótica perilabial. Na admissão observou-se hemoglobina de 9,8 g/dL, leucócitos 17.400/mm3, plaquetas 11.000/mm3, e tomografia computadorizada de crânio com hematoma nos lobos temporal e parietal esquerdo. No sexto DIH, foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva devido rebaixamento de nível consciência e necessidade de intubação orotraqueal. Além do quadro de PTI refratária a corticoterapia e AVCH, a paciente evoluiu com pneumonia associada a ventilação no sexto DIH, que foi tratada com antibioticoterapia com linezolida, teicoplanina e ceftriaxona. Devido refratariedade da corticoterapia inicial, foi optado pela pulsoterapia com metilprednisolona e imunoglobulina. No 14º DIH foi realizada extubação orotraqueal devido a reabsorção do hematoma. Após 21 dias de internação a paciente apresentava-se sem alterações neurológicas, com hemoglobina de 10.5 g/dL e plaquetas 74.000/mm3, recebendo alta hospitalar com a prescrição de metilprednisolona por mais 21 dias. Conclusão: O diagnóstico e tratamento precoces da PTI são essenciais para evitar a evolução desfavorável desta patologia e suas complicações, sobretudo durante a gestação.
O impacto da hipertensão crônica é apontado como um grande predispor ao agravamento, em pacientes com COVID-19 porém essa interação ainda continua insuficientemente investigado. A doença de coronavírus 2019 (COVID-19) tornou-se uma pandemia mundial responsável por milhões de mortes em todo o mundo. A hipertensão foi identificada como uma das comorbidades e fatores de risco mais comuns para gravidade e desfecho adverso nesses pacientes. Investigações recentes levantaram a questão se a hipertensão representa um preditor de desfecho em pacientes com COVID-19 independentemente de outras comorbidades comuns, como diabetes, obesidade, outras doenças cardiovasculares, doenças renais, hepáticas e pulmonares crônicas. O objetivo deste relato de casos foi de fornecer uma visão clínica da hipertensão na terapia intensiva associada ou não ao COVID-19, o efeito dos níveis de pressão arterial, o impacto da hipertensão previamente conhecida e recém-diagnosticada e o efeito da terapia anti-hipertensiva na gravidade e resultados em pacientes com e sem a COVID-19.
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