Resumo As doenças cardiovasculares são, atualmente, as causas mais comuns de morbimortalidade no mundo. Na perspectiva da prevenção de doenças e agravos, tornam-se fundamentais ações que criem ambientes favoráveis à saúde e favoreçam escolhas saudáveis. Nesse contexto, programas de intervenção de base comunitária têm sido introduzidos em diferentes países, desde o início da década de 70, com o objetivo de modificar fatores de risco cardiovascular e diminuir a morbidade e a mortalidade por doenças cardiovasculares. Destaca-se nessas experiências a importância das políticas públicas e dos sistemas de vigilância dos fatores de risco cardiovascular, para conhecer a magnitude do problema e desenvolver ações mais custo-efetivas. Este estudo bibliográfico tem duplo objetivo: descrever experiências de diferentes países no combate às doenças cardiovasculares voltadas à comunidade através da promoção da saúde e da prevenção primária dos fatores de risco; e identificar no Brasil as ações de vigilância dos fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis, ressaltando-se os desafios estraté-gicos impostos ao Programa de Saúde da Família no enfrentamento das doenças cardiovasculares. Palavras-chave Promoção da saúde, Prevenção de doenças, Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, Programa Saúde da Família Abstract Cardiovascular diseases are currently the most common causes of morbimortality worldwide. In the context of disease prevention, actions creating favorable health environments and promoting healthy choices prove fundamental. Intervention programs with a community basis have been introduced in different countries since the beginning of the 1970s, aiming to modify cardiovascular risk factors and decrease morbidity and mortality due to cardiovascular diseases. In such experiences, the importance of public policies and cardiovascular risk vigilance systems needs to be stressed, permitting a more accurate assessment of the magnitude of the problem and the development of more cost-effective actions. The scope of this bibliographical study was to describe community-geared experiences in many countries in the campaign against cardiovascular diseases through health promotion and primary prevention of risk factors, as well as to identify in Brazil the vigilance actions of the risk factors of nontransmissible chronic diseases, stressing the strategic challenges facing the Family Health Program in tackling cardiovascular diseases.
BackgroundPoor adherence to non-pharmacological treatment of hypertension represents a serious challenge for public health policies in several countries. This study was conducted to compare two intervention strategies regarding the adherence of adult women to dietary changes recommended for the treatment of hypertension in a community covered by Primary Health Care Unit.MethodsThis study is a randomized controlled trial of a sample composed of 28 women with hypertension enrolled in the Primary Health Care Unit located in the urban area of southeastern Brazil. The participants were already undergoing treatment for hypertension but devoid of nutritional care; and were divided into two groups, each composed of 14 individuals, who received interventions that consisted of two different strategies of nutritional guidance: monthly health education workshops alone (Group 1) and combined with family orientation through home visits (Group 2). Adherence to nutritional guidelines was evaluated by dietary, anthropometric, clinical and serum biochemical parameters, measured before and after the interventions. Knowledge on control and risk of hypertension was also investigated. The study lasted five months.ResultsMean age was 55.6 (± 2.8) and 50.7 (± 6.5) in the groups 1 and 2, respectively. The home orientation strategy promoted greater adherence to dietary changes, leading to a statistically significant improvement in the clinical, anthropometric, biochemical and dietary parameters. The group 2 reduced the consumption of risk foods (p = 0.01), oil (p = 0.002) and sugar (p = 0.02), and decreased body mass index (-0.7 kg/m2; p = 0.01); waist circumference (-4.2 cm; p = 0.001), systolic blood pressure (-13 mm HG; p = 0.004) and glycemia (-18.9 mg/dl; p = 0. 01). In group 1 only waist circumference (-2 cm; p = 0.01) changed significantly.ConclusionNutritional orientations at the household level were more effective with regard to the adherence of individuals to non-pharmacological treatment of hypertension, regarding the reduction of clinical and behavioral risk parameters.
OBJETIVO: Analisar a importância, a efetividade e as limitações de estratégias participativas de educação em saúde sobre a problemática da adesão ao tratamento da hipertensão arterial. MÉTODOS: Estudo de caso, intervencional, de abordagem qualiquantitativa com duração de 4 meses. Participaram do estudo 27 mulheres portadoras de hipertensão arterial, com idade entre 45 e 60 anos e cadastradas no Programa de Saúde da Família de Porto Firme, Minas Gerais. Foram comparadas duas modalidades de intervenção visando à orientação de mudanças dietéticas indicadas no tratamento da hipertensão arterial: uma baseada em atividades educativas em grupo, realizadas na Unidade de Atenção Primária à Saúde; e outra combinada pelas atividades educativas em grupo e por orientações domiciliares. Os dados foram obtidos por grupos focais e entrevistas individuais. Para avaliar os dados qualitativos relacionados à adesão, foram analisados, antes e após a intervenção, o peso corporal, o índice de massa corporal, a circunferência de cintura, a pressão arterial, a glicemia e o consumo alimentar. Os dados foram examinados por análise de conteúdo e estatística descritiva. As variáveis coletadas antes e depois da intervenção foram analisadas pelos testes não-paramétricos de Wilcoxon e Mann Whitney. RESULTADOS: As duas estratégias de educação em saúde tiveram efeito positivo sobre a adesão às orientações nutricionais, o que favoreceu mudanças nos hábitos alimentares e na percepção das mulheres em relação à problemática da doença. CONCLUSÃO: A orientação domiciliar destacou-se como importante indutor da consciência sanitária e como fator de envolvimento dos familiares no processo terapêutico, facilitando a adesão ao tratamento da hipertensão arterial.
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