A educação interprofissional é uma estratégia pedagógica na qual duas ou mais profissões trabalham e aprendem juntas, priorizando a integração, com a finalidade de mudar o perfil profissional na área da saúde e melhorar a qualidade do cuidado e resolutividade na atenção primária. A disciplina Atenção em Saúde é uma proposta interprofissional, desenvolvida em sete cursos da área da saúde na Universidade Estadual de Maringá, oportunizando ao aluno vivência no Sistema Único de Saúde (SUS), utilizando a problematização de situações em equipe. Objetivou-se apresentar a avaliação dos estudantes de Odontologia sobre a disciplina Atenção em Saúde, por meio da análise das narrativas de seus portfólios avaliativos. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com análise documental como técnica de investigação, com amostragem até saturação dos dados. A análise dos documentos permitiu mostrar que os acadêmicos ressaltam a importância do trabalho interprofissional, beneficiando trabalhadores e pacientes e a relevância do cirurgião-dentista na equipe de saúde. Constatou-se o conhecimento experienciado do aluno sobre o SUS, capaz de destacar falhas e qualidades, bem como o reconhecimento sobre a eficácia do modelo ativo de aprendizagem, para capacitá-los a enfrentar positivamente as adversidades. Conclui-se que os acadêmicos apontaram as práticas colaborativas interprofissionais e a utilização de metodologias ativas de ensino- aprendizagem como estratégias positivas para formação qualificada, estando em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Odontologia quanto à formação profissional para o trabalho em equipe e compreensão das reais necessidades de saúde da população.
e realização do acolhimento. A educação permanente é ideal para a melhoria do atendimento na Atenção Primária, e deve fazer parte da rotina dos profissionais de saúde para qualificação da organização da atenção.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) propôs a disciplina de Atenção em Saúde, com objetivo de preparar o discente para prática colaborativa por meio da aprendizagem ativa e interprofissionalidade, inserido no serviço público de saúde, já no primeiro ano de graduação. Alunos de pós-graduação acompanharam de forma ativa os alunos da graduação, sob supervisão de um tutor (docente), no decorrer de toda a disciplina. Assim, este estudo objetivou analisar a vivência de um grupo da pós-graduação sobre sua participação nesta disciplina. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa com dados coletados por meio de grupo focal com alunos do Programa de Residência em Saúde Coletiva e da Família do Departamento de Odontologia da UEM. Os dados foram interpretados pelo método da análise de conteúdo e categorizados. As falas dos participantes foram analisadas, e apurou-se que nenhuma das residentes teve experiência com metodologia ativa e aprendizado interprofissional anteriormente, e ainda relataram que a disciplina apresenta potencialidades e fragilidades. Como potencialidades, apresentaram a maior facilidade de aprendizado, o contato e inserção do aluno no sistema público de saúde, a interdisciplinaridade, bem como a organização em pequenos grupos. Como fragilidades, a imaturidade dos alunos diante da metodologia, a falta de comprometimento de alguns, e a dificuldade de adaptação a um modelo de ensino ativo. E como sugestões, a permanência dos grupos de estudantes em uma mesma unidade básica de saúde durante a disciplina. Os resultados mostraram que os pós-graduandos avaliaram positivamente a participação em uma disciplina interprofissional da graduação, sendo esta experiência muito enriquecedora tanto nos aspectos pessoais, quanto para a carreira profissional.
Introdução: A compreensão da população em situação de rua (PSR) sobre sua saúde bucal pode contribuir para planejamento de ações para atenção odontológica. Objetivo: Avaliar perfil sociodemográfico, percepção e impacto da saúde bucal nas atividades diárias (ISBAD) de uma PSR. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo realizado com PSR de um município do noroeste do Paraná-Brasil. Foram realizadas entrevistas em 117 indivíduos utilizando questionário quanti-qualitativo com variáveis demográficas e saúde bucal. Análises bivariadas foram realizadas com teste Qui-quadrado, nível de significância de 5%. Resultados: A maioria era do gênero masculino (92,3%), com média de 35,8 anos, sem companheira (75,2%), com até 8 anos de escolaridade (66,7%), pele não-branca (61,5%) e renda média diária de até 30 reais (38,5%). Grande parte relatou não ter profissão (81,2%) e estar na rua há mais de 2 anos (54,7%). A maioria alegou problemas na boca nos últimos 6 meses (45,3%) e 72,6% da PSR tiveram ISBAD negativo, resultando associação estatisticamente significante (p=0,0089). Conclusão: Os resultados traçaram perfil e percepção de problemas bucais que impactaram negativamente nas suas atividades diárias, evidenciando a importância de considerar aspectos subjetivos na atenção odontológica da PSR para planejamento de ações de promoção e proteção da saúde bucal.
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