Em tese apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, aos 4 de dezembro de 1851, o então aluno Francisco Xavier da Veiga registrou a primeira sistematização de obras médicas e cirúrgicas, publicadas ou conhecidas, na cidade, após a instalação das escolas de medicina em 1832. Esse trabalho pioneiro ainda é pouco mencionado pela historiografia brasileira e a relação dos livros selecionados também não é muito explorada por aqueles que investigam os estudos médicos no Brasil do século XIX. Desse modo, o objetivo deste artigo é apresentar uma inédita transcrição integral desse singular inventário de Xavier da Veiga, precedida de uma breve introdução sobre o autor e sua obra.
Resumo Em 5 de novembro de 1808, dom João de Bragança promulgou um alvará sobre o exercício dos boticários e o preço das drogas e ordenou a criação de um regulamento para taxar o custo dos medicamentos comercializados no Brasil. Publicado pela primeira vez em 1809, o Regimento dos preços dos medicamentos... ganhou novas edições nos anos subsequentes e tornou-se um indispensável instrumento de trabalho para os envolvidos com a feitura e o comércio dos remédios. Este texto situa historicamente e destaca esse documento brevemente explorado pelos pesquisadores da história da farmácia brasileira, visto ter sido uma das primeiras iniciativas do governo luso-brasileiro condizentes com a atividade farmacêutica no Brasil no século XIX.
Este trabalho tem o objetivo de apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida no âmbito do doutorado acerca da institucionalização da farmácia no Brasil do século XIX – mais especificamente entre 1808 e 1891. Ou seja, das primeiras aulas de matéria médica e farmacêutica nas escolas de cirurgia até a criação da primeira Faculdade de Farmácia em território brasileiro. Uma das propostas desta pesquisa é investigar a construção e a regularização do profissional da farmácia diplomado e licenciado, conforme as exigências da época. Deste modo, este artigo busca analisar o que previam, sobretudo, as primeiras leis versadas aos profissionais da farmácia e como elas teriam contribuído para que os “verdadeiros farmacêuticos” pudessem ser identificados e diferenciados dos outros que, embora produzissem e vendessem medicamentos e, consequentemente, fizessem parte do cenário da farmácia carioca oitocentista, não eram regularizados e, perante a lei, não deveriam atuar como tal.
Este trabalho objetiva apresentar uma inédita edição, com estudo introdutório, da obra Preservativo das bexigas [...], do médico português Manoel Joaquim Henriques de Paiva, publicada em 1801. Trata-se do primeiro escrito em língua portuguesa a divulgar e defender a vacina contra a varíola, desenvolvida por Edward Jenner no final do século XVIII. Com essa obra, Henriques de Paiva buscava elencar os benefícios da vacina vacuns e convencer a população “em todas as províncias de Portugal e de seus Domínios, mormente no Brasil, onde são vítimas das bexigas ordinárias milhares e milhares de pessoas”, a colocar “em prática este maravilhoso descobrimento”. Assim, a edição aqui apresentada situa historicamente e dá luz a um relevante documento da época da aplicação das primeiras vacinas contra a varíola no Brasil e em Portugal. Além disso, é também propósito deste trabalho estimular a discussão sobre o papel dos especialistas na popularização de certos procedimentos médicos, visto que o Preservativo das bexigas [...] é uma peça pedagógica sobre a vacinação.
Embora possa ser considerado pioneiro por tratar do ensino da química no Brasil no século XIX, o discurso do lente da cadeira de química médica, e princípios elementares de mineralogia, Joaquim Vicente de Torres Homem, proclamado em uma sessão da Câmara dos Deputados em 1834, ainda é pouco conhecido ou mencionado por aqueles que estudam a instrução formal e regular dos primeiros médicos e farmacêuticos diplomados no Brasil. A ideia deste trabalho, portanto, é apresentar, acompanhada de um texto introdutório, uma inédita edição desse importante documento da época da institucionalização dos saberes médicos e farmacêuticos após a reorganização das escolas medicina, em 1832.
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