A pesquisa analisou a violência contra a mulher em São Luís-MA, traçando o perfil da vítima e agressor; e mapeou a distribuição espacial das agressões, através da emissão de medidas protetivas pela justiça. Utilizaram-se metodologias apoiadas no materialismo histórico e dialético, nas discussões de gênero e nas desigualdades intraurbanas. Foram empregados dados secundários, dos relatórios denominados “Pesquisa Social”, publicados entre 2009 e 2019, pelas 1ª e 2ª Varas Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de São Luís. O perfil da mulher vítima de violência doméstica, na sua maioria, são solteiras e/ou casadas, com idades que variam entre 26 e 43 anos, mãe de um ou mais filhos e sem renda fixa. Os agressores têm entre 26 e 34 anos, com diferentes profissões. Os atos violentos foram praticados majoritariamente por indivíduos que não têm mais relações afetivas com as vítimas e entre as motivações para a violência destacam-se o inconformismo com o fim da relação, ciúmes, dentre outros. A distribuição espacial da violência contra a mulher é heterogênea na escala intraurbana da capital maranhense, revelando certa desigualdade social, pois, a maioria das medidas protetivas, foi concedida para mulheres que habitam bairros pobres e periféricos, mas isso não quer dizer que a violência não esteja nos bairros com população de maior renda. Mesmo com o crescimento do acesso aos serviços especializados de denúncia e proteção às vítimas de violência de gênero, considera-se que ainda estão mal distribuídos pela cidade.
Análise das formas de precarização e do aliciamento para o trabalho escravo de mulheres, a partir de dados de resgatadas de trabalho escravo e de relatos de trabalhadoras e suas experiências em situações de migração. Utilizamos revisão bibliográfica em torno da questão de gênero, além de sistematização de dados da Comissão Pastoral da Terra para categorizar e diferenciar trabalhadoras resgatadas de trabalho escravo e entrevistas com trabalhadoras migrantes. Os dados apontam um pequeno número de trabalhadoras que são resgatadas. Essa baixa incidência, tem uma forte relação com uma naturalização de trabalhos precários para mulheres, sobretudo, os trabalhos domésticos. Os relatos apontam situações de trabalho doméstico que reserva à mulher a condição de subalterna.
O presente trabalho avalia a qualidade da água em duas microbacias urbanas (rios Urucutiua e Claro) situadas na Ilha do Maranhão, visando comparar os efeitos da urbanização e os impactos ambientais. Para isso, realizou-se análise laboratorial de parâmetros físico-químicos e microbiológicos de amostras de água superficial coletadas bimestralmente (2013-2014) em quatro pontos e; o mapeamento do uso e ocupação do solo das microbacias por meio do SIG ArcGIS, em recorte temporal (2007-2014) de imagens de satélite Quickbird. Os resultados indicaram, a contaminação em níveis elevados por microrganismos patogênicos em todas as amostras: Escherichia coli, na bacia do rio Urucutiua e; Escherichia coli, Proteus mirabilis, Proteus penneri, e Chromobacterium violaceum, na bacia do rio Claro. Os parâmetros físico-químicos mostraram acidez elevada em todas as amostras; Oxigênio Dissolvido abaixo do recomendado em 75% das amostras do rio Claro e 33% do rio Urucutiua; e Nitrogênio total acima do permitido em 91,7% das amostras. O uso do solo mostrou que a microbacia do rio Urucutiua sofreu as maiores alterações, com expressiva supressão da vegetação (71,6%, em 2007 e; 34,1% em 2014) e aumento das áreas de solo exposto, enquanto a bacia do rio Claro apresentou consolidação do processo de urbanização.
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