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Este trabalho objetiva determinar a prevalência de eventos tromboembólicos em mulheres em idade fértil em clínica privada, verificar uso de anticoncepcionais hormonais nesse grupo e identificar concomitância com outros fatores de risco. Estudo descritivo, retrospectivo transversal realizado no Hospital do Coração, Aracaju, Sergipe, a partir análise dos prontuários, complementado com entrevista de pacientes do sexo feminino entre 12 e 45 anos, admitidas no hospital com evento tromboembólico confirmado entre janeiro de 2004 e novembro de 2016. Analisados 6684 prontuários com amostra final de 24 mulheres. A prevalência de eventos foi de 46,37/10.000, com IC 95% de 30/10.000 a 60/10.000. Das 24 participantes, 9 (37,5%) faziam uso de contraceptivo hormonal, sendo a maioria do tipo oral, 8 (88,8%), e por duração maior que 10 anos, 5 (55,5%). Não se observou diferença na distribuição do número de fatores de risco associados ao tromboembolismo no grupo que usou contraceptivo em relação ao grupo que não usou (p=0,48). A prevalência de eventos tromboembólicos em mulheres em idade fértil é baixa, com maior ocorrência dos tromboembolismos venosos. O anticoncepcional não representou fator de risco isolado quando associado a outros fatores de risco nessas mulheres.
As mulheres lésbicas e bissexuais são uma minoria invisível quando buscam serviços de atendimento à saúde sexual. Devido a esta invisibilidade dentro de uma cultura milenar de heteronormatividade, a saúde sexual das mulheres lésbicas e bissexuais é, frequentemente, mal conduzida por profissionais da saúde. Partido desse pressuposto, este artigo tem como objetivo identificar as dificuldades na relação médico-paciente e avaliar as barreiras no acesso enfrentadas por mulheres que fazem sexo com mulheres. O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, o levantamento das publicações científicas foi nas bases de dados: Lilacs, PubMed, Medline e SciELO. Através das pesquisas, verifica-se que a menor procura pelos serviços de saúde está, muitas vezes, associada à existência de discriminação nos serviços de saúde e ao despreparo dos profissionais para lidar com as especificidades existentes. Além disso, observa-se uma menor frequência de realização de exames ginecológicos, de exames de Papanicolau e de prevenção de câncer de mama entre as mulheres lésbicas e bissexuais. Por fim, faz-se necessário que mais estudos sejam realizados a fim de se colocar em números tais dificuldades e que gerem políticas e estratégias para a melhoria da assistência ginecológica destinada à mulher que faz sexo com mulheres.
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