Introdução: A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença negligenciada de relevância para saúde pública, responsável por acometer a pele com lesões e de amplo espectro clínico(1). Essa antropozoonose é causada pelo protozoário do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae a partir da hematofagia do flebótomo fêmea infectado com o parasito. O diagnóstico é realizado mediante ao inquérito epidemiológico, das manifestações clínicas e dos métodos laboratoriais(1). No entanto, no diagnóstico clínico, as lesões podem se assemelhar facilmente com dermatoses fúngicas, bacterianas e virais como Esporotricose, Paracoccidioidomicose, Erisipela, Sífilis e Herpes Zoster(2). Sendo necessário o diagnóstico laboratorial para identificação do seu agente etiológico ou antígenos por metodologias sensíveis e especificas afim de obter-se um diagnóstico e tratamento assertivo para o paciente. Objetivo: O estudo tem como objetivo destacar a importância do diagnóstico diferencial da LT frente a progressão e tratamento da doença. Métodos: Foi realizada uma busca no portal científico PubMed utilizando os descritores, Leishmaniasis; Differential diagnosis; Humans com os filtros sem restrição linguística para os últimos 5 anos (2016-2021) em modelos humanos. O retorno obtido foi de 130 artigos, dos quais 23 foram selecionados para revisão bibliográfica. Resultados: A depender da espécie envolvida na infecção e da resposta imune do hospedeiro as manifestações clínicas podem ser diversas, devido a esse fator os resultados mostram que a LT pode mimetizar outras dermatoses com suas manifestações de lesões ulcerativas, indolores, secas e duradouras(3). Além disso, utilização de teste sorológicos para o diagnóstico é outro elemento implicativo no diagnóstico laboratorial, pois sua sensibilidade é variável e reações cruzadas são recorrentes com os agentes etiológicos da Doença de Chagas, Esporotricose e Paracoccidiodomicose(1). Em consequência, pode-se ocorrer falsos-negativos levando o paciente com LT a fazer um tratamento incorreto, resultando na progressão da doença e surgimento de morbidades(4). Conclusões: A LT é prevalente no Brasil e sua incidência tem aumentado devido a urbanização e desmatamento. Nas áreas endêmicas a aplicação do diagnóstico diferencial nas dermatoses por inquérito epidemiológico e técnicas laboratoriais sensíveis e especificas como PCR ou qPCR é de extrema relevância para um laudo assertivo da LT para que o paciente tenha um tratamento direcionado e o não agravamento da doença.
Introdução: O D-dímero surge na corrente sanguínea como consequência da quebra da rede de fibrina ao final da cascata de coagulação e, portanto, esse fragmento proteico é considerado como um resultado da ativação tanto do sistema de coagulação quanto fibrinolítico(2,3,5). Os níveis de D-dímero encontram-se elevados em situações como gravidez, inflamação e câncer e sua dosagem é utilizada para identificar a possibilidade de ocorrência de trombose(3). Uma vez que o D-dímero é encontrado elevado em casos mais graves de COVID-19 - doença causada pelo SARS-CoV-2 e que surgiu no final de 2019, esse bioproduto pode ser utilizado como biomarcador para avaliar possíveis complicações decorrentes dessa doença, possibilitando a adoção de práticas interventivas(2,3,4,5). Objetivos: Analisar como os níveis de D-dímero se relacionam com a progressão da severidade do quadro clínico de pacientes com COVID-19. Métodos: Foi realizada uma busca nas plataformas de dados PubMed e Google Acadêmico e os artigos científicos foram encontrados por meio do descritor “ddimer AND covid-19”. Os critérios de inclusão foram os altos níveis de D-dímero admitidos e seu efeito no prognóstico do paciente. Resultados: Frente à pandemia da COVID-19, o D-dímero surge como potencial biomarcador prognóstico, pois seu alto nível está sempre relacionado com a severidade da doença e podendo estar relacionado também com risco de morte do paciente(1,4,5). O autor Zhang et al. reporta em seu estudo que significativamente os pacientes que tiveram concentração de Ddímero > 2ug/ml na admissão apresentaram severidade da doença e um pior prognóstico, e 12 de 13 pacientes que vieram a óbito demonstraram valores >2ug/ml, e assim concluem esse alto valor de D-dímero como cutoff, usado para identificar pacientes com piores prognósticos(5).De forma semelhante, o estudo de Yao et al. também aponta como cutoff o valor de Ddímero na admissão >2ug/ml(4). Além disso, o D-dímero também é apontado como única variável relacionada à morte(4,5). Entretanto, Naymagon et al. aponta que não é possível o D-dímero isoladamente servir como marcador prognóstico da COVID-19, e que são necessários estudos de coortes robustas para maiores confirmações(1). Conclusões: Ainda não se conhece o envolvimento patológico dos altos níveis deste bioproduto com a COVID-19, e as limitações em estudos atuais também contribuem para a má confiabilidade dos resultados. Porém, o D-dímero apresenta alto valor potencial prognóstico, necessitando de mais estudos robustos para melhor confiabilidade dos resultados.
Introdução: A leishmaniose tegumentar é uma doença tropical negligenciada transmitida pela picada de flebotomíneos infectados por espécies de leishmania e estima-se que ocorram 1.5 milhão de casos por ano.(1,2,4) A doença se manifesta de diferentes formas e uma delas é a leishmaniose mucocutânea (LMC) causada principalmente pelas espécies L. braziliensis, L. guyanensis e L. panamensis do subgênero Leishmania (Viannia), e é caracterizada por lesões destrutivas na mucosa da boca e do nariz, podendo levar à metástases.(1,3) O Leishmania vírus (LVR) é um vírus de RNA de fita dupla que pertence à família Totiviridae, possui dois subtipos, o LRV1 e o LRV2 e já foi encontrado em várias espécies de leishmania, como L. guyanensis, L. braziliensis, L.shawi, L.major, L.aethiopica e L. infantum.(5) Primariamente encontrado na L. guyanensis, o LVR foi isolado e inoculado em um hamster que apresentou o desenvolvimento de injúrias na mucosa, levantando a hipótese de que esse vírus pode impactar no aumento da patogenicidade da doença.(1) Objetivos: O resumo tem o objetivo de analisar o impacto da infecção das espécies de leishmania pelo LVR na LMC. Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada em plataformas de busca de artigos científicos, PubMed, Scielo e Nature, com os descritores “Leishmania virus AND Leishmaniasis”. Resultados: Em um estudo com 49 pacientes com LMC de Rondônia no Brasil, 67% eram positivos para o LVR (LVR+) e 33% negativos (LVR-), dos pacientes LVR+, 31% desenvolveram lesão em contraste com 10% dos LVR-.(2) Ainda em Rondônia, outro estudo analisou 28 pacientes com LVR1, que apresentavam lesões e eram positivos para LMC, destes, 71,1% eram LVR+ e 18,9% eram LVR-.(1) Em um estudo utilizando camundongos e cepas de L. guyanensis positivas (L.g+) e negativas (L.g-) para o LVR, foi demonstrado que os camundongos L.g+ possuíam aumento no desenvolvimento de lesões e maior carga parasitária na orelha do que os L.g-.(2) Conclusões: A presença do LVR em pacientes com LMC pode contribuir para a identificação da gravidade da doença já que estudos apontam que pacientes LVR+ têm mais chances de desenvolver lesões do que os LVR-, apesar disso, não é um fator determinante uma vez que pacientes LVR- também podem apresentar lesões.(1,4) Além disso, outros fatores como o tipo da espécie de leishmania e o subtipo do vírus podem estar associados.(1,4)
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