Introdução: As leucemias são neoplasias caracterizadas por proliferação anômala de precursores hematopoiéticos que originam a linhagem linfoide (linfócitos T ou B) ou mieloide (granulócitos, monócitos, plaquetas e eritrócitos) na medula óssea. Podem ser agudas ou crônicas. São a malignidade mais comum da infância, respondendo por 31% de todos os cânceres pediátricos, sendo assim uma importante causa de morbimortalidade por câncer na pediatria.Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, em série temporal, a partir de dados obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS), com recorte temporal de Janeiro de 2011 a Dezembro de 2020 no Brasil . Coletou-se dados a respeito da internação e da mortalidade por leucemia (CID-10 C92), em pacientes pediátricos, de 0 a 19 anos. A análise foi feita por meio de percentuais conforme o ano do processamento, região do país, sexo, taxa de mortalidade, número de óbitos e internações por leucemia.Discussão: No período analisado, foram registrados 14.075 óbitos por neoplasias malignas na faixa etária pediátrica. Desse valor, 4.684 óbitos (aproximadamente 33%) foram decorrentes de leucemias. Nesse mesmo período, o número de internações por essa patologia aumentou ao longo dos anos, com um pico em 2018 (20.258). Em relação à taxa de mortalidade, houve uma redução ao longo desses anos: de 2,64% em 2011 para 2,22% em 2020. Ademais, observou-se que a faixa etária mais prevalente foi a de menores de 1 ano, com acometimento ligeiramente maior no sexo feminino em todas as idades avaliadas. Por fim, constatou-se que a região Sudeste concentrou o maior número de internações por leucemia (69.771) no período avaliado, enquanto a região Norte obteve a maior taxa de mortalidade (4,66%) e a região Nordeste o maior número de óbitos (1.632).Conclusão: De acordo com esse estudo, neste período, a taxa de mortalidade sofreu pequena redução, enquanto a quantidade de internações aumentou de forma exponencial, o que sugere melhoria dos métodos diagnósticos e terapêuticos. Sabendo que a leucemia é a neoplasia maligna mais comum na faixa pediátrica, é de extrema importância o diagnóstico precoce, visando maior redução na taxa de mortalidade e no número de óbitos, além de melhora na qualidade de vida do paciente.
Introdução: As lesões ósseas da pelve e quadril são raras comparadas com as contusões e lesões musculotendíneas desta região anatômica, ocorrendo principalmente em crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos, reflexo do seu esqueleto imaturo, que praticam atividades físicas de alto impacto e repetitivas, com maior incidência no sexo masculino (OGDEN, 2000; TACHDJIAN, 1990; PEREIRA, 2002). No entanto, podem ocorrer, em menor frequência, em adultos. Dentre estas, as fraturas por avulsão das espinhas ilíacas superior e inferior e tuberosidade isquiática tem maior incidência do que as localizadas na crista ilíaca. Devido ao crescimento da prática desportiva competitiva na faixa etária citada nos últimos anos, a incidência de lesões por avulsões apofisárias correspondem entre 10% e 24% de todas lesões desportivas ligadas a pacientes pediátricos (KJELLIN, 2010; HEBERT, 2008; VANDERVLIET, 2007). Por terem um mecanismo de trauma geralmente indireto, habitualmente causado pela tração da musculatura inserida na região, entre os quais podemos citar os músculos oblíquos externo e interno e o músculo transverso do abdómen, o diagnóstico é um grande desafio, que o torna de difícil suspeição clínica (PEREIRA, 2002; GODSHALL, 1973; LAMBERT, 1993). O auxílio de um exame radiológico ou, se necessário, de tomografia computadorizada, podem confirmar a hipótese diagnóstica. O princípio do tratamento se baseia principalmente no grau de deslocamento da espinha ilíaca. Geralmente é indicado um tratamento conservador com analgesia, restrição de movimento e de suporte de peso na região afetada. Entretanto, quando a avulsão for maior a 3 centímetros, leva-se em consideração o tratamento cirúrgico, para evitar sequelas funcionais ou futuras deformidades (MORTATI, 2014). Os autores relatam a seguir um caso raro de um paciente com avulsão da espinha ilíaca anterossuperior pós traumática. Apresentação do caso: I.P.M, masculino, 17 anos de idade, canhoto, jogador da divisão de base do Goiás. Procurou o serviço do Hospital Geral de Goiás (HGG), referindo que 30 dias antes sentiu dor aguda na face anterior do quadril esquerdo, durante partida de futebol ao dividir uma bola com jogador da equipe adversária. Tentou prosseguir no jogo, porém, sem sucesso. Relatava que a dor aumentou de intensidade, e ao exame físico notou-se equimose local, edema e dor no quadril esquerdo. Solicitou-se radiografia simples de bacia, sendo identificado fratura da espinha ilíaca ântero superior à esquerda. Complementou-se com tomografia computadorizada da bacia, a qual confirmou a fratura, permitindo identificar também, a presença de desvio maior que 4 cm. Foi
Introdução: a síndrome de Morgagni Stewart Morel é uma entidade clínica rara. Sua principal característica é a hiperostose frontal interna. Além disso, conta com alterações endócrinas metabólicas e psiquiátricas. Pode estar acompanhada de obesidade, diabetes mellitus e hirsutismo. Possui maior prevalência na população feminina. Apresentação do caso: paciente do sexo feminino, 65 anos, obesa em menopausa há 12 anos. Relata em consulta queixa de cefaleia em aperto na região frontal há cerca de 6 anos. A mesma vem se intensificando gradativamente e há 01 semana a dor não é sanada mesmo com o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos orais. Discussão: a síndrome de Morgagni-Stewart-Morel consiste em uma condição rara, caracterizada pela presença de Hiperostose Frontal Interna (HFI) associada a alterações metabólicas, psiquiátricas e endócrinas. Sua definição não é uniforme devido a diversidade de sintomas e a sua variabilidade em cada indivíduo. Possui incidência maior no sexo feminino e com idade acima de 50 anos, sua etiologia ainda é pouco conhecida. Algumas teorias buscam elucidar o tema como o aumento da leptina, desordem hormonal de andrógenos e há também defensores de uma síndrome genética, ligada ao X com penetrância variável. Conclusão: diante da raridade de casos da síndrome, o diagnóstico geralmente ocorre de modo incidental, por meio da correlação entre sintomatologia variada e investigação radiológica. Sua abordagem terapêutica é predominantemente sintomática, de modo a se optar por conduta cirúrgica em casos reservados.
Introdução: As lesões ósseas da pelve e quadril são raras, e ocorrem principalmente na faixa etária de 8 a 14 anos, e estão relacionadas à prática de atividades físicas de alto impacto e repetitivas. As fraturas por avulsão das espinhas ilíacas superior e inferior e tuberosidade isquiática tem maior incidência devido ao aumento da prática de desportos nessa faixa etária. Apresentação do caso: I.P.M, masculino, 17 anos de idade, procurou o serviço do Hospital Geral de Goiás (HGG), referindo dor iniciada há 30 dias na face anterior do quadril esquerdo, durante partida de futebol. Refere aumento da intensidade da dor, e ao exame físico possui equimose local, edema e dor em quadril esquerdo. Ao raio x apresentou fratura da espinha ilíaca ântero superior à esquerda. Discussão: Essa lesão geralmente ocorre como resultado da contração súbita, vigorosa ou repetitiva do músculo sartório e tensor da fascia lata. Os sintomas mais comumente relatados são dor intensa associada a “estalos” na hemipelve afetada, edema, limitação funcional ipsilateral e equimoses. O tratamento é preferencialmente conservador, durando, em média, de 6 a 8 semanas. Já a cirurgia, é indicada para casos em que há desvio de mais de três centímetros ou com lesão neurovascular associada. Conclusão: Seu tratamento adequado, feito precocemente, torna-se importante na prevenção de lesões permanentes e complicações futuras. Na maioria das vezes, o tratamento e conservador, excetuando-se os casos de desvio fragmentário superior a três centímetros.
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