Introdução: As Doenças Cerebrovasculares (DCV) ou Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), atualmente, constituem uma das principais causas de mortalidade no mundo, além de ser a principal patologia a acarretar incapacidade física na população brasileira. Sendo assim, o conhecimento profundo da doença é de grande relevância ao identificar seus principais fatores de riscos e dessa forma planejar e executar ações preventivas visando reduzir a incidência de óbitos causados pelo AVC. Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cerebrovasculares no estado do Paraná de acordo com a faixa etária, sexo e raça desde o ano de 2008 a 2017. Metodologia: Análise de dados disponíveis pela Secretaria de Saúde do governo do estado do Paraná através de um estudo quantitativo, descritivo, observacional e retrospectivo. Consideraram-se os dados referentes ao sexo, faixa etária e raça. Resultados: O número de óbitos em decorrência de doenças cerebrovasculares correspondeu a 62.739, de um total de 201.006 óbitos por doenças do aparelho circulatório.  Entre as mortes causadas pelo AVC, de acordo com o sexo, 53,1% eram indivíduos do sexo masculino, enquanto que 46,9% do sexo feminino. Com relação à faixa etária, a predominância se deu entre os maiores de 80 anos, com 35,5% dos óbitos, seguido de 29,6% no intervalo etário dos 70 aos 79 anos. Em contrapartida, as faixas etárias menos acometidas foram entre os menores de 1 ano de idade e maiores que 1, porém, menores que 4 anos de idade, correspondendo ao número de 10 e 8 óbitos, respectivamente. Por fim, a raça branca obteve o maior número de óbitos com 79,6%. Na outra ponta, com menor número, os indígenas, com 66 óbitos (0,1%). Considerações finais: Os resultados obtidos através da análise dos dados coincidem com a literatura nacional no quesito de predominância de doenças cerebrovasculares em homens e a incidência da doença aumentada de acordo com o avanço da idade. No entanto, diferem quanto à raça mais acometida, visto que, na maior parte do mundo, o AVC atinge, principalmente, indivíduos negros. Sendo assim, o conhecimento do perfil epidemiológico dos óbitos causados por doenças cerebrovasculares no estado do Paraná é de alta magnitude, especialmente, para se obter o conhecimento de onde atuar as ações preventivas e terapêuticas, que visam diminuir a frequência da doença, assim como, complicações que o AVC pode ocasionar.

A obesidade é uma doença extremamente prevalente. A cirurgia bariátrica, considerada atualmente como o tratamento mais eficaz para a obesidade e comorbidades associadas, tem apresentado um crescimento exponencial nas últimas décadas. No entanto, com o advento da cirurgia, cresce também a prevalência de síndromes secundárias às deficiências nutricionais ocasionadas por diversos mecanismos disabsortivos, que representam o tema desse trabalho. O cobre é um metal que serve como cofator de diversas enzimas essenciais para a estruturação e função da medula óssea e do sistema nervoso e sua deficiência provoca manifestações neurológicas e hematológicas muitas vezes não diagnosticadas em tempo hábil, em razão da relativa raridade da condição, que leva à deficits por vezes irreversíveis. Este trabalho ilustra o caso de um paciente jovem que havia sido submetido a cirurgia bariátrica e que apresentou anemia refratária ao tratamento com ferro e vitamina B12, evoluiu com manifestações neurológicas que permaneceram sem o diagnóstico correto e se tornaram irreversíveis. Assim, torna-se importante considerar a monitorização dos níveis de cobre em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, principalmente naqueles que apresentarem manifestações neurológicas e/ou hematológicas, a fim de detectar precocemente a deficiência do metal e evitar complicações irreversíveis.