As principais características para se trabalhar com macroinvertebrados bentônicos estão relacionadas a sensibilidade às variações físicas e químicas em corpos hídricos; características morfofisiológicas; abundância e riqueza; natureza sedentária; ciclo de vida longo; fácil visualização e identificação; são bioacumuladores; participam da cadeia alimentar e da cadeia de detritos e são cosmopolitas. Em ecossistemas aquáticos, a presença das macrófitas (plantas visíveis a olho nu que habitam ambientes aquáticos) oferecem diversas condições para o estabelecimento de organismos como os macroinvertebrados, como: de reprodução, formação de habitats, fontes de alimento e refúgio. Dessa forma, o seguinte projeto tem o objetivo de avaliar como a distribuição espacial de macroinvertebrados aquáticos é influenciada pela presença das macrófitas aquáticas; relacionar as espécies de macrófitas com a comunidade de macroinvertebrados bentônicos; verificar como fatores abióticos contribuem nos efeitos das macrófitas sobre a distribuição de macroinvertebrados bentônicos e descrever a diversidade de macroinvertebrados e seu papel trófico no ecossistema estudado. Avaliou-se na água das lagoas próximas a Fazenda São João no Museu do café em Piratininga, São Paulo durante os meses de Maio a Julho de 2022 o impacto físico e químico das macrófitas presentes sobre a estrutura e composição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos local. Foram analisadas as variáveis abióticas: pH, condutividade elétrica, temperatura e concentração de oxigênio dissolvido. As amostras dos macroinvertebrados bentônicos foram coletadas no sedimento próximo e/ou na presença de macrófitas aquáticas, através de um coletor do tipo core, com profundidade de cerca de 5 cm. Em cada ponto foram realizadas ao todo três coletas com três pontos em cada uma das lagoas. O material biológico foi triado através de uma peneira e de um saco de malha fina de 350 µm e os organismos de interesse acondicionados em frascos contendo álcool 70%, sendo os organismos identificados, até o menor nível taxonômico possível. A comunidade bentônica encontrada foi representada por 2 táxons (Insecta e Mollusca), tendo como grupos dominantes e frequentes nos 6 pontos de coleta os Basommatophora, Bivalves e Dípteras. Ambas as lagoas houve dominância de organismos detritívoros e filtradores que se alimentam de partículas orgânicas, como bivalves e larvas de chironomideos, uma vez que convertem matéria orgânica em alimento e decompõem matéria orgânica.
INTRODUÇÃOO uso de organismos biológicos como bioindicadores em estudos se dá devido à grande relação das suas funções vitais com o ambiente em que vivem e por responderem de diversas maneiras as modificações sofridas nesse ambiente (Hepp et al, 2007). Essas respostas estão relacionadas com a sensibilidade às variações físicas e químicas em corpos hídricos; características morfofisiológicas; abundância e riqueza; ciclo de vida longo; fácil visualização e identificação; serem bioacumuladores e cosmopolitas (Fonseca, 2021).Em ecossistemas aquáticos, a presença de macrófitas oferecem diversas condições para o estabelecimento de organismos como os macroinvertebrados (Diniz et al, 2018). Elas são importantes para a ciclagem de nutrientes, locais de reprodução, formação de habitats, fontes de alimento e refúgio para diversas espécies (Dias et al, 2012).Esse grupo de plantas aumenta a complexidade dos ambientes bentônicos alterando os habitats por enriquecerem o substrato ao fornecer massas radiculares e materiais em decomposição, gerando um substrato mais firme, heterogêneo e estável, possibilitando a abundância da comunidade de macroinvertebrados (Schramm, 1989).Os macroinvertebrados bentônicos apresentam uma diversa atuação ecológica nos ecossistemas aquáticos, englobando o maior número de indivíduos, espécies e biomassa, habitando ecossistemas com substratos orgânicos ou inorgânicos (Carvalho et al, 2018). São bioindicadores de qualidade de água, com classificação em intolerantes, tolerantes e resistentes conforme a capacidade de suportar níveis de alterações ou poluição sofridas em determinada região (Esteves, 2011). Dessa forma, o seguinte projeto tem o objetivo de avaliar como a distribuição espacial de macroinvertebrados aquáticos é influenciada pela presença das macrófitas aquáticas, verificando como fatores bióticos e abióticos contribuem nos efeitos das macrófitas sobre a distribuição de macroinvertebrados bentônicos. MATERIAIS E MÉTODOS Foramverificadas, in situ, as seguintes variáveis abióticas: pH, condutividade elétrica, temperatura, concentração de oxigênio e oxigênio dissolvido e salinidade. Esses parâmetros foram mensurados utilizando uma sonda multiparâmetros.As amostras de macroinvertebrados bentônicos foram coletadas no sedimento próximo e/ou na presença de macrófitas aquáticas, por um coletor do tipo core. Em cada ponto foram realizadas
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