Resumo: Introdução: A depressão é um distúrbio heterogêneo, com etiologia, evolução e resposta terapêutica variadas, com relatos de aumento crescente na incidência entre os jovens. Dois objetivos nortearam este estudo: estimar a prevalência de sintomas depressivos entre acadêmicos de Medicina de uma universidade com métodos ativos de aprendizagem e investigar possíveis associações com variáveis sociodemográficas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo. Aplicaram-se um questionário eletrônico com variáveis sociodemográficas e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Foram realizadas análise univariada e regressão logística multivariada. Resultados: Avaliamos 173 discentes, com discreta predominância de rapazes (n = 93, 53,7%) e idade mediana de 24 (22-26) anos. Verificaram-se sintomas depressivos em 46,2% (n = 80), dos quais 33,5% (n = 58) leves, 9,2% (n = 16) moderados e 3,4% (n = 6) graves. Sexo feminino (p = 0,032) e insatisfação com a Aprendizagem Baseada em Problemas - ABP (p < 0,001) se associaram de forma independente aos sintomas depressivos em regressão logística multivariada, com aumento na chance de sintomas depressivos de 2 e 3,5 vezes, respectivamente. Os fatores morar com os pais, ter outros diagnósticos psiquiátricos e praticar regularmente atividade física se associaram aos sintomas depressivos apenas em análise univariada. Conclusão: Os acadêmicos de Medicina apresentaram significativa prevalência de sintomas depressivos. A associação dos sintomas depressivos com insatisfação com o método ABP pode fomentar reflexões sobre a conduta pedagógica e as deficiências na aplicação da metodologia ABP na referida universidade. Ressaltamos a importância da implementação da atividade física no projeto pedagógico e curricular do curso de Medicina como estratégia para a promoção de saúde mental e física nos discentes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2010), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. Em 2016, cerca de 650 milhões de adultos eram obesos e 380 milhões de crianças e adolescentes com idade até os 19 anos foram considerados com sobrepeso ou obesidade (WHO, 2018). A prevalência mundial triplicou entre o período de 1975 e 2016 nos adultos, e continua aumentando em países de baixa e média renda (NCD-RISC, 2017).
A doença Falciforme (DF) é a doença genética mais incidente em nosso país, com destaque para o estado da Bahia, acomete principalmente afrodescendentes. Pode acarretar inúmeras complicações sistêmicas através de processos hemolíticos e vaso-oclusivos. Além de impactos físicos, a DF implica também de forma significativa na qualidade de vida dessas pessoas.A composição corporal é alterada de forma significativa durante a transição da infância para adolescência. Segundo Odetunde et al. (2016), hipoxemia e hipoperfusão tecidual são aspectos significativos e afetam o metabolismo tecidual de quase todos os sistemas do corpo humano, causando atraso no crescimento e no desenvolvimento.Segundo Nandanwar e Kamdi (2013), crescimento e desenvolvimento afetados fornecem evidências inequívocas de comprometimento em várias medidas antropométricas como altura, peso, composição corporal e maturação sexual e esquelética.De acordo com Oredugba (2002), a presença de doença crônica, a circulação sanguínea hiperdinâmica e outros processos mal definidos na DF contribuem para alterações nas medidas antropométricas, devido ao infarto prévio das extremidades crescentes dos ossos antes que as epífises se unam. Os vasos sanguíneos bloqueados podem causar dor, infecção grave e danos aos órgãos.Percebe-se que, o conhecimento da epidemiologia acerca dos dados antropométricos em associação com a DF na população pediátrica é de grande valia no contexto público de saúde. O monitoramento do crescimento, segundo Odetunde et al. (2016) em crianças com DF é uma ferramenta vital para cuidados abrangentes, o que facilita o diagnóstico precoce de falhas de crescimento e intervenção nutricional. Por isso, a compreensão destes aspectos possibilitará ações de saúde mais eficientes além de minimizar os agravos relacionados à tão sofrida condição.
A obesidade é um agravo de caráter multifatorial proveniente do balanço energético positivo que favorece o acúmulo de gordura, associado a riscos para a saúde devido à sua relação com complicações metabólicas, como aumento da pressão arterial, aumento dos níveis de colesterol, triglicerídeos sanguíneos e resistência à insulina (WHO, 2000). De acordo com o National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III, o ponto de corte para diagnóstico da obesidade a partir da avaliação da circunferência abdominal (gordura visceral) em homens deve ser 102 cm (ABESO, 2016).
Doença Falciforme (DF) caracteriza-se por um tipo de hemoglobina mutantedesignada como hemoglobina S que provoca a distorção dos eritrócitos fazendo-ostomar a forma de “foice” ou “meia-lua” (BRASIL, 2013).
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