A cebola (Allium cepa L.) está entre as culturas mais cultivadas no Semiárido baiano, atingindo, em 2019, uma produção de cerca de 241 mil toneladas apenas no estado da Bahia e mais de 317 mil reais.
De acordo com a United Nations (2015), espera-se que a população mundial alcance 8,5 bilhões de pessoas até 2030, aumentando para 9,7 bilhões em 2050. Esse crescimento populacional aumentará a demanda de alimentos e poderá induzir conflitos de demanda e oferta, colocando em discussão a segurança alimentar. Levando em consideração a interdependência entre alimento, água e energia (nexus), a elaboração de estratégias que promovam a sustentabilidade da sociedade se torna imprescindível.O uso de fertilizantes químicos nos sistemas agrícolas foi fundamental para suprir a crescente demanda mundial por alimentos. Entretanto, a grande produção de nitrogênio e fósforo reativos através de processos que possuem uma alta demanda de energia e de recursos naturais, também foi a principal causa das mudanças dos ciclos biogeoquímicos terrestres, os quais já ultrapassaram os limites planetários propostos por Rockstrom et al. (2009) para uma operação sustentável.Além disso, nosso modelo convencional de saneamento desperdiça uma grande quantidade de nutrientes, os quais são despejados nos corpos hídricos e passam a atuar como poluentes (BOUWMAN et al., 2013). Esse tipo de gestão demanda altos investimentos financeiros, ao mesmo tempo em que contribui para a superexploração de fontes renováveis de água e o empobrecimento do solo.Este estudo faz uma análise de fluxo de materiais (AFM) visando obter um melhor entendimento à respeito do gerenciamento de recursos. Através do monitoramento e quantificação de cada fluxo, conseguimos ter uma noção do quanto é desperdiçado e prever os benefícios de ações que, a partir de uma visão que considere os resíduos como recursos, garantam o fechamento do ciclo de nutrientes.
Em virtude da importância do aproveitamento de água pluvial no Semiárido brasileiro, este artigo apresenta um método de otimização do dimensionamento de sistemas de captação e armazenamento de água de chuva (SCAC), além de um recurso simplificado de cálculo da área de captação e do volume ideal a partir de duas equações. A análise considerou as condições de atendimento de água da população rural baiana, e abrangeu dez cidades situadas em regiões específicas de homogeneidade pluviométrica. O procedimento consistiu na determinação de valores médios de Fração de Demanda (FD) e Fração de Reservação (FR)que fornecessem a combinação mais econômica de área de captação e volume de reservatório, capazes de atender a uma solicitação hídrica com pelo menos 95% de eficiência. Também se verificou uma forte relação positiva entre a demanda diária e as variáveis área e volume ótimos, sendo possível estimar esses valores por meio de equações que dependem apenas da demanda. Ao comparar os custos totais associados aos sistemas obtidos pelas frações médias e pelas equações com os custos totais ótimos de referência, foram encontrados para todos os municípios erros médios inferiores a 1,3%, validando a metodologia desenvolvida. Por meio do Grau de Concentração da Precipitação, verificou-se a influência da distribuição temporal das chuvas no dimensionamento dos reservatórios, sendo que quanto mais concentrado for o regime pluviométrico, maior será o volume ótimo de armazenamento. Por fim, os autores recomendam a ampliação do número de municípios em trabalhos futuros, com o intuito de fornecer uma representação mais realista das condições de cada local.
A precariedade do acesso à água de qualidade em comunidades rurais difusas da região semiárida brasileira torna fundamental o incentivo ao uso de técnicas de aproveitamento de água pluvial. Durante muitos anos, a implantação de sistemas de captação de água de chuva contribuiu para suprir as necessidades dos habitantes, entretanto a padronização do volume de armazenamento comprometeu a eficiência de atendimento da demanda. Levando em consideração a importância de um dimensionamento adequado, este trabalho apresenta um método de otimização de sistemas de aproveitamento de água pluvial para fins domésticos em áreas rurais, além de um recurso simplificado de cálculo da área de captação e do volume ideal com base em duas equações. O procedimento consistiu na determinação de valores médios de fração de demanda (FD) e fração de reservação (FD), capazes de fornecer a combinação mais econômica de área de captação e volume de reservatório, atendendo, ainda, a uma demanda hídrica com pelo menos 95% de eficiência. Em seguida, notou-se a existência de forte relação positiva entre a demanda diária e as variáveis área e volume ótimos, o que proporcionou a estimativa desses valores por meio de equações lineares que dependem apenas da demanda. Ambas as técnicas de dimensionamento fornecem valores ótimos e destacam-se pela facilidade de utilização.
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