Através da micropropagação na área agrícola as plantas medicinais têm sido bastante difundidas com perspectiva para obtenção de novas espécies que servirão como fonte de compostos biologicamente ativos e aprimoramento da produção de fitofármacos. A luz é um dos requisitos mais importantes para o desenvolvimento de plântulas cultivadas in vitro, pois pode influenciar nos aspectos morfológicos, anatômicos e fisiológicos através da irradiância ou irradiância de fótons que incidem numa superfície como a das folhas e com isso fenômenos biológicos importantes, como a fotossíntese, respondem de maneira diferentes na planta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes irradiâncias de fótons no desenvolvimento de três espécies medicinais e aromáticas. O experimento consistiu em um esquema fatorial 3 X 3 com três diferentes irradiâncias de fótons: 35, 45, e 75 μmol.m-2.s-1 em três espécies: Aeollanthus suaveolens Mart. ex Spreng, Hypericum cavernicola L. B. SM e Hypericum teretiusculum A.St.-Hil. Cada tratamento foi composto por 4 repetições e 3 explantes em cada frasco, os segmentos utilizados foram os nodais e apicais. As variáveis analisadas foram número de brotos, altura dos brotos e a concentração da clorofila. Ocorreu diferença estatística significativa entre as diferentes irradiâncias para variável brotação, com a H. teretiusculum se destacando com 9,17 brotos para irradiância de 45 μmol.m-2.s-1 e para a variável altura dos brotos só houve diferença estatística para a espécie A. suaveollens, se destacando com 7,03 cm para irradiância de 75 μmol.m-2.s-1. Para os teores de clorofila, a espécies que apresentaram as maiores médias foram H. cavernicola e H. teretiusculum, com valores de 11,286 (35 μmol.m-2.s-1) e 10,801 (75 μmol.m-2.s-1) respectivamente, seguidas da A. suaveollens com 9,451 para irradiância de 35 μmol.m-2.s-1. Concluindo que as diferentes irradiâncias influenciam o crescimento e a produção dos pigmentos fotossintéticos diferentemente nas espécies medicinais e aromáticas avaliadas.
A flora amazônica possui uma grande variedade de espécies com potencial uso presente ou futuro. Dentre diversas espécies, o Ananas lucidus Mill. (curauá), família das Bromeliáceas, é uma planta fibrosa amazônica. Os indígenas utilizavam as folhas do curauá como fonte de fibras para a confecção de cordas, redes e cestos. Entretanto, o desmatamento da floresta, resulta na erosão genética de variantes genéticas do curauá, sendo necessário adotar estratégias de conservação desse material genético. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um protocolo de conservação in vitro para o curauá, visando o crescimento lento. Os explantes de curauá foram inoculados em meio MS em duas salas distintas. Sala 1: temperatura de 18 ± 1°C, três diferentes irradiâncias de luz LED branca: 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1. Sala 2: temperatura de 25 ± 1°C, irradiância de luz fluorescente branca fria: 25 μmol.m-2.s-1. Na temperatura de 18 ± 1°C, a sobrevivência foi acima de 70% durante os 480 dias avaliados. Na temperatura de 25 ± 1°C, a irradiância de 25 μmol.m-2.s-1 obteve porcentagem de sobrevivência de 100% até o 6º mês (180 dias). Na avaliação da altura, na primeira avaliação, as irradiancias de 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1, a 18 ± 1ºC, a altura média das plântulas foi de 1,38; 1,40 e 1,75 cm, respectivamente. Não houve diferença estatística significativa entre as diferentes irradiâncias. Nas avaliações seguintes, a altura média aumenta, mas a indiferença estatística permanece. Na irradiância de 25 μmol.m-2.s-1, a 25 ± 1°C, a altura média das plântulas foi de 3,76 cm, média acima das irradiâncias da sala a 18 ± 1°C. Em relação ao número de brotações, em todas as avaliações, as irradiâncias de 35, 45 e 75 μmol.m-2.s-1 não apresentaram diferença estatística significativa. Conclui-se que diferentes irradiâncias não alteram o crescimento, mas uma menor temperatura induziu o crescimento lento no curauá, sendo uma estratégia eficaz para aumentar os intervalos de subcultivo.
No abstract
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