Às maloclusões ocupam a terceira posição em relação às prioridades na escala de problemas de saúde bucal do Brasil, estando bastante frequente em crianças com dentição decídua ou mista, e apesar de possuir etiologia multifatorial, há alta relação com hábitos bucais deletérios, gerando grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos portadores. Foi analisado por exame clínico as principais maloclusões dentárias que acometem escolares de 8 a 13 anos, de uma escola pública de Maceió - Brasil, que possuíam hábitos bucais deletérios. Trata-se de um estudo quantitativo analítico transversal, onde avaliou à oclusão de 100 crianças (n=100) por exame clínico intra-oral. Utilizou-se um questionário semi-estruturado para conhecimento de hábitos bucais deletérios existentes, interferências nos movimentos mandibulares, tipo de mordida e relação intermaxilar (classificação de Angle). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - CEP-UNIT\AL, sob parecer n°: 08205718.0.0000.5641, em 2019. Os dados foram analisados pela frequência absoluta e relativa. Das 100 crianças analisadas, houve predominância do sexo masculino (53%) sob o sexo feminino (47%), a faixa etária que sobressaiu foi a de 08 anos (44%), e autodeclarados pardos (56%). A prevalência de maloclusões apresentou-se num total de 55% dos indivíduos, no qual foi encontrado maior frequência relativa de portadores de mordida aberta (24%), mordida profunda (20%) e mordida cruzada (11%), respectivamente. Os hábitos bucais deletérios estiveram presentes em 93% dos indivíduos, com destaque para o uso prolongado da chupeta (68%), seguidos de onicofagia (10%), sucção digital (9%), e uso prolongado da mamadeira (6%). A relação intermaxilar teve maior prevalência da classe I (45%), classe II (9%), classe III (5%), respectivamente. A prevalência de maloclusões em crianças que possuem hábitos bucais deletérios, principalmente o uso prolongado da chupeta foi alta para esta amostra. Esses hábitos causam interferências no desenvolvimento saudável da criança, desencadeando baixa qualidade de vida. Faz-se necessário a melhoria das políticas públicas vigente no Brasil, como o Programa Saúde na Escola, visando trabalhar temáticas voltadas à prevenção das maloclusões, assim como ampliar o acesso do núcleo familiar aos serviços de saúde bucal.