A participação ativa e crítica dos indivíduos na sociedade moderna exige conhecimentos e competências que até há pouco tempo eram considerados necessários apenas para as elites intelectuais, em especial em países em desenvolvimento como o Brasil. Recentes avanços sociopolíticos nesses países conduziram a um novo consenso a respeito do papel preponderante dessas nações na promoção de oportunidades de aprendizado a todos os seus jovens e crianças. Educadores enfatizarão que a educação deve propiciar a aquisição das competên-cias necessárias para a participação política esclarecida, a apreciação cultural, a manutenção das culturas locais, a difusão de atitudes de preservação ambiental e o respeito a diferenças, com a conseqüente busca de solução de conflitos pela via pacífica, além de impactar a saú-de de todos. Os economistas, por outro lado, justificarão a universalização da educação escolar argumentando que a economia exige hoje uma força de trabalho mais educada e qualificada. Em qualquer destas 615
Resumo O artigo analisa a influência da escolaridade do pai e da renda familiar nas chances de conclusão do ensino superior no Brasil, considerando as diferenças no retorno econômico dos cursos de graduação. Para realizar a análise, utilizamos microdados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e calculamos modelos logísticos. Os resultados principais mostram que, no geral, ter pais com escolaridade mais alta aumenta as oportunidades de conclusão dos cursos. No entanto, no setor público, a escolaridade do pai não tem efeito sobre a probabilidade de concluir o ensino superior. Além disso, a escolaridade do pai exerce maior influência nas chances de conclusão dos cursos de alto retorno econômico. A renda familiar aumenta as probabilidades de conclusão do curso, tanto no setor público como no setor privado da educação. Também encontramos efeitos similares para a renda familiar, independente do retorno econômico dos cursos.
School racial composition has modest effects on test score gaps, but evidence of a longer-term impact is scarce. Perpetuation theory suggests that blacks who attend schools with higher proportions of white classmates may have better job outcomes. Multilevel analyses of two national longitudinal surveys reveal no effects of high school racial composition on occupational status, employment, or annual earnings for blacks or whites. For other minority groups, attending schools with more whites impedes occupational advancement. For all groups, however, school racial composition predicts workplace racial composition: Whites who attend high schools with higher proportions of white students have higher proportions of white coworkers, while nonwhites who attend schools with higher proportions of whites have fewer same-race coworkers. The findings are modest in size but robust to alternative specifications, and sensitivity analyses support a causal interpretation for same-race coworkers. These results support perpetuation theory for workplace composition but not for stratification outcomes.
Arevista Sociedade e Estado (S&E) é um periódico editado regularmente desde 1986 pelo Departamento de Sociologia (SOL) e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGSOL) da Universidade de Brasília (UnB). Trata-se de uma revista científica de alta qualificação e prestígio, com uma coleção que soma trinta e um volumes anuais, 69 números e duas edições comemorativas (1993 e 1995) no período que se estende de junho de 1986 a dezembro de 2016. Semestral até dezembro de 2004, sua publicação tornou-se quadrimestral a partir de 2005. A importância da revista, aliada a seu forte impacto nas ciên-cias sociais brasileiras, em especial no âmbito da sociologia, são amplamente reconhecidos. Em alguma medida, narrar um pouco dessa história equivale, portanto, a também dar a conhecer informações relevantes a respeito da constituição e do desenvolvimento da área no país.O objetivo central da S&E tem sido colaborar para a atualização e o fomento do debate sociológico à luz de pesquisas desenvolvidas em centros de excelência acadêmica em todo o mundo. Com esse propósito, a revista tem publicado manuscritos originais de autores/as promissoras/es e renomados/as nas seguintes categorias: estudos teó-ricos, estudos metodológicos, revisões críticas de literatura, relatos de pesquisa, ensaios, notas técnicas, traduções de trabalhos estrangeiros relevantes, anais, resenhas e notícias. Além desses manuscritos, que se encontraram reunidos ora em dossiês temáticos ora sortidos por fluxo contínuo de submissão, há, desde, 2004 a divulgação de resumos de dissertações e teses do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGSOL) defendidas previamente à publicação de cada número.
A presente edição (volume 30, número 2) da Sociedade e Estado abre a publicação com a entrevista da renomada professora Estelle Ferrarese (Departamento de Ciências Sociais da Université de Strasbourg -França), tradutora para o francês da obra O que é justiça social? Reconhecimento e redistribuição, da conhecida pensadora norte-americana Nancy Fraser. Esta foi realizada por Sarah Roberta de Oliveira Carneiro (doutora em ciências sociais, UFBA). Na sequência, como tem sido habitual nos últimos anos, a revista oferece aos/às leitores dossiês temáticos, os quais têm sido de relevante contribuição às ciências sociais brasileiras e mesmo àquelas de âmbito internacional.Não é diferente com o dossiê, "Ciências sociais e construção de conhecimento a partir da África", organizado por Eliane Veras Soares, Remo Mutzenberg (professores do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE) e Marcelo C. Rosa (professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UnB, pesquisador do CNPq e coordenador do Laboratório de Sociologia Não Exemplar), que traz uma variada e interessante discussão sobre a relação entre as ciências sociais na África e no Brasil. A rica apresentação, feita por este último organizador, bem como os cinco artigos que compõem o dossiê, nos brindam com um debate atual e inédito a respeito das sociologias ditas do Sul -aquelas que se encontram fora dos parâmetros geográficos e de legitimidade acadêmica ditados na Euro-América -e, por conseguinte, fala-nos sobre a política do conhecimento na produção de teoria social.A tradução que, normalmente, compõe os nossos números, desta vez participa do referido dossiê. Trata-se da palestra proferida pelo professor de estudos urbanos na Universidade de Pretória (África do Sul), Alan Mabin, em sua visita ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia -UnB, em maio de 2013, intitulada "Sedimentando a teoria da cidade do Sul no tempo e lugar". No conjunto do dossiê, encontram-se artigos dos demais organizadores e de outros/as autores/as nacionais e estrangeiros/ as, que discutem literatura, pentecostalismo brasileiro em Moçambique, movimentos sociais e ações coletivas em paralelos entre teorias sociológicas nos dois países. Chama a atenção a multiplicidade de assinaturas na autoria do artigo "Pós-antropo-
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