O objetivo deste artigo é refletir sobre o processo de criação, construção e funcionamento do site Observatório da Comunicação Pública (Obcomp) a partir de perspectivas teórico-práticas que relacionam temas de interesse público, cidadania e comunicação na democracia brasileira. Sediado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o eixo conceitual do Obcomp é a comunicação pública. Nessa direção, o debate e a crítica o constituem, uma vez que captura, classifica e disponibiliza informações sobre a comunicação de Estado e notícias de interesse público, além de acompanhar a radiodifusão pública.
Nesta entrevista inédita, o professor e pesquisador Alexandre Rocha da Silva (in memoriam) articula as implicações do isolamento social, da política, dos negacionismos, da razão científica segundo a semiótica crítica da comunicação. Realizada de modo remoto, em março de 2021, o diálogo é um convite para observar as mudanças em virtude da pandemia no Brasil cujo argumento, inevitavelmente, envereda ao (re)pensar a história recente do nosso país. É, sobretudo, um diálogo conduzido pela formulação de hipóteses que, de acordo com o professor, se potencializam pela semiótica.
Introdução: O artigo apresenta iniciativas de arquivamento da web adotadas em países de três diferentes continentes: América do Norte (Estados Unidos e México), Europa (França e Portugal) e América do Sul (Chile e Brasil), a fim de compreender desafios políticos e tecnológicos que envolvem a preservação de sites oficiais. Objetivo: Apresentar as potencialidades e as barreiras que cada iniciativa possui, bem como analisar comparativamente a atual situação brasileira. O artigo detalha ainda o projeto de lei federal no 2.431/2015, em tramitação na Câmara dos deputados, cujo objetivo é impedir o apagamento de informações inseridas em sites oficiais brasileiros. Metodologia: Pesquisa histórico-documental e o estudo de caso. Resultados: Demonstra que os Estados Unidos se destacam dentre os países analisados, com avançado projeto de arquivamento dos sites dos mandatos presidenciais. O Brasil, por sua vez, não possui uma política pública instituída para salvaguarda dessas mídias. Conclusão: A pesquisa permitiu concluir ainda que as iniciativas governamentais atualmente em curso para a preservação de websites oficiais estão em fases distintas de implementação e, dessa forma, alcançam resultados ora satisfatórios, ora aquém do necessário para garantir o acesso presente e futuro aos websites governamentais, fonte de informação sobre temas de interesse público nas democracias contemporâneas. No caso brasileiro, destaca-se também o vácuo institucional sobre o tema, demonstrando a necessidade de dar maior visibilidade ao assunto; de fortalecer articulações institucionais entre entes governamentais e não-governamentais; e de avançarmos na aprovação de uma legislação específica que mude essa realidade.
Este artigo propõe a reflexão sobre os desafios para a “Rede de Comunicação Científico-Educacional” (Weber 2017), no exercício de divulgação científica e da crítica à realidade, diante do processo de plataformização das sociedades contemporâneas. Além disso, reconhece a noção de infodemia, enquanto fenômeno associado aos processos de produção estratégica de informações maléficas ao debate público e tensionais à concretização da Comunicação Pública. Através da articulação de duas noções teóricas principais, Redes de Comunicação Pública (Weber 2007; 2011; 2017) e Sociedade de Plataformas (Van Dijck; Poell; De Wall, 2018; Van Dijck, 2019), problematiza aspectos ligados aos limites e às oportunidades do contexto comunicacional contemporâneo e, especificamente, às lógicas de captura, processamento e organização de informações das plataformas online, no âmbito da Rede de Comunicação Científico-Educacional. Como proposta de observação empírica, apresenta o Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP), projeto sediado no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM/UFRGS), a partir da sua comunicação na plataforma Facebook. A partir de testagem de publicações patrocinadas, constatou-se que a aderência à lógica comercial de funcionamento das plataformas, principalmente à compra de anúncios, é fundamental para o alcance comunicacional nas Redes, reforçando a ideia que a gratuidade do serviço não é suficiente para obter a visibilidade necessária à comunicação pública
O texto analisa as condições políticas e dispositivos comunicacionais que incidiram na disputa entre os candidatos a governador do estado do Rio Grande do Sul (RS) no 2o Turno das eleições de 2014: o candidato vencedor, José Ivo Sartori (PMDB), e seu adversário, Tarso Genro (PT), que pretendia a reeleição. A premissa é de que, em períodos eleitorais, a política se submete a quaisquer estratégias de marketing e propaganda, desde que sem danos à imagem pública dos candidatos e capazes de capturar e fidelizar o eleitor até a urna. Trata-se de um exercício sobre a o processo de construção do candidato ideal, do inimigo e do projeto político, a partir das competências do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE), para experimentar a hipótese de que o tempo delimitado e a urgência de mecanismos de persuasão constituem a equação da política provisória, determinada pela combinação entre a síntese política, a síntese pessoal e a síntese comunicacional que traduzem o projeto e o candidato.
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