Introdução: O uso irracional de medicamentos é um importante problema de saúde pública em todo mundo, gerando grande impacto nos resultados clínicos e econômicos. Nesse sentido, várias alternativas estão sendo implantadas para assegurar o alcance da qualidade e segurança dos serviços prestados aos pacientes. As intervenções farmacêuticas contribuem para a promoção do uso racional de medicamentos, auxiliando na farmacoterapia adequada do paciente e minimizando os problemas referentes a ela. Objetivo: Analisar a aceitabilidade das intervenções farmacêuticas na prevenção de problemas relacionados a medicamentos. Material e métodos: Esse estudo possui uma abordagem por métodos mistos. Foram analisadas todas as intervenções farmacêuticas realizadas em um Hospital Universitário de Sergipe, desenvolvidas no período de janeiro a novembro de 2021. Após a coleta, os dados foram registrados separadamente em planilhas do Microsoft Excel®. As variáveis de interesse analisadas foram relacionadas a aceitabilidade das intervenções farmacêuticas. Resultados: A maior parte das intervenções (64,2%) foram aceitas e dessas a maioria estava relacionada ao ajuste de dose, medicamento em falta, necessidade de medicamento adicional e via de administração. Das intervenções farmacêuticas que não foram aceitas, observou-se que 25,5% dos prescritores não justificaram e 10,2% justificaram. Conclusão: Considerando que a maioria das intervenções farmacêuticas foram aceitas sugere-se que isso pode estar relacionado a compreensão do papel do farmacêutico na equipe de saúde.  Estas mudanças trazem benefícios clínicos e econômicos, visto que a atuação da equipe multidisciplinar visa promover uma farmacoterapia adequada e segura para o paciente, através da prevenção de problemas relacionados a medicamentos bem como do seu uso racional.