OBJETIVO: descrever os indicadores de risco para perda auditiva presentes em neonatos e lactentes que realizaram a Triagem Auditiva Neonatal no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, nascidos em 2008. MÉTODOS: foram pesquisados os 787 neonatos e lactentes que realizaram a Triagem Auditiva Neonatal no citado Hospital, nascidos em 2008. Foi montado um banco de dados com informações do formulário com histórico familiar e clínico dos pesquisados e resultado da triagem, para análise dos indicadores de risco. RESULTADOS: os indicadores de risco mais prevalentes na população estudada foram presença de hiperbilirrubinemia, nascimento pré-termo, baixo peso ao nascimento, uso de medicamento durante o período gestacional, permanência em Unidade de Terapia intensiva e presença de infecções intra-uterinas durante a gestação. Os indicadores de risco para perda auditiva com associação estatisticamente significante com o resultado falha na triagem foram nascimento pré-termo, baixo peso, permanência em Unidade de Terapia Intensiva, uso de ventilação mecânica e uso de medicamento ototóxicos. CONCLUSÃO: houve ocorrência de indicadores de risco pré, peri e pós-natais, porém apenas foi encontrada significância estatística entre alguns indicadores peri e pós-natais e a falha na triagem.
O diagnóstico da perda auditiva no Brasil é tardio. Um dos fatores que pode explicar este fato, mesmo diante de inúmeros programas de triagem auditiva implementados, pode ser a evasão das famílias, não concluindo a avaliação auditiva da criança. Objetivou-se descrever como vem sendo conduzido o acompanhamento audiológico nos Programas de Saúde Auditiva Infantil do Brasil, especialmente em relação aos exames realizados, adesão das famílias ao acompanhamento audiológico e ações educativas desenvolvidas. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, cuja pergunta norteadora foi: como vem sendo conduzido o acompanhamento audiológico nos Programas de Saúde Auditiva Infantil do Brasil? Levantamento nas seguintes bases de dados: Lilacs, Medline, IBECS e CidSaúde, utilizando combinações entre os termos “acompanhamento”, “audição” e “triagem neonatal”. Inicialmente, os 1130 artigos encontrados foram triados por títulos e resumos. Foram lidas na íntegra as 21 publicações pré-selecionadas por título e resumo, constatando-se que 12 artigos respondiam a pergunta desta revisão. Os exames para triagem auditiva e acompanhamento audiológico mais utilizados foram Emissões Otoacústicas e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, além de avaliação comportamental, timpanometria e reflexos acústicos. Três estudos referiram a presença de ações educativas nos programas e apenas um deles especificou os profissionais que as realizaram, sendo o profissional enfermeiro o que mais efetuou estas atividades. O percentual de famílias que aderiram ao acompanhamento variou consideravelmente. Acredita-se ser interessante observar recomendações de entidades locais e internacionais para realização do acompanhamento audiológico, buscando um padrão de qualidade e efetividade nos programas e a qualidade da avaliação audiológica.
O objetivo deste estudo foi de realizar uma revisão de forma integrativa sobre os procedimentos utilizados nos critérios de aquisição do exame de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico por condução óssea com fins ao auxílio no diagnóstico de problemas auditivos. Foi realizada uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Utilizaram-se as seguintes palavras-chave: Potencial Evocado Auditivo, Eletrofisiologia e Condução Óssea, encontrados por meio de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os resultados apresentados são referentes aos 35 estudos selecionados. A maioria dos estudos optou pelo uso do estímulo clique, com transdutores por condução aérea os fones supra-aurais, como o TDH-39, para o estímulo por condução óssea, o vibrador Radioear B-71, com pressão de 425+/-25g. Observou-se que a mastoide foi à região onde mais se posicionou mais o vibrador ósseo. A maioria dos estudos refere usar polaridade alternada, com taxa de apresentação diversificada, sendo 57,7/s a mais utilizada e filtro de 30-3000 Hz, com uma janela de 15 ms de duração. Para taxa do estímulo a maioria dos estudos utilizou de 2048, e um total de estímulos de 2 registros. O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico é um exame que vem sendo pesquisado há muitos anos e muito se tem descrito na literatura sobre seus aspectos de aquisição e analise, além de destacar a importância da sua utilização na população neonatal.
OBJETIVO: analisar fatores socioeconômicos e demográficos, dos anos de 2007 a 2009, de mães de neonatos e lactentes participantes de um programa de saúde auditiva infantil. MÉTODOS: a coleta de dados foi realizada a partir do banco de dados do programa de Triagem auditiva neonatal, que contém informações retiradas do registro de cada neonato ou lactente. Participaram 2476 mães de neonatos e lactentes atendidos na etapa da Triagem Auditiva Neonatal, entre 2007 a 2009. RESULTADOS: entre as variáveis demográficas destaca-se que 65,1% das mães possuíam idades entre 20 e 34 anos e 67,5% eram casadas. Nas variáveis socioeconômicas, destaca-se que 36,2% das mães possuíam o ensino fundamental incompleto e 56,4% eram donas de casa e 96,7% tiveram seus filhos em maternidades públicas. CONCLUSÃO: apesar dos resultados indicarem um crescimento de melhores condições de vida, durante os três anos de estudo, ainda observa-se, em termos percentuais, que a população estudada encontra-se em condições desfavoráveis para uma boa saúde das mães, e, consequentemente para a saúde e desenvolvimento global dos neonatos e lactentes. Esses resultados chamam a atenção para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde na população estudada, devendo, portanto, serem incluídas quando da implementação de um programa de Saúde Auditiva Infantil de uma dada região.
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