Resumo: Este artigo retrata as características do atendimento à saúde das mulheres usuárias de crack e de seus filhos recém-nascidos na Maternidade de um Hospital Universitário do Rio Grande do Sul. É um estudo qualitativo e documental, que mostra as configurações da internação hospitalar, o atendimento multiprofissional e intersetorial e a organização da alta das mulheres usuárias de crack e de seus filhos recém-nascidos. Os resultados mostram que a maioria dessas mulheres internou para assistência ao parto, e que foram realizados mais partos normais do que cesarianos. Todas as mulheres e recém-nascidos foram atendidos por equipe multiprofissional, e a intersetorialidade está expressa na articulação do atendimento de alta complexidade em saúde com os demais setores da sociedade. A organização da alta hospitalar da mulher esteve focada no acesso ao tratamento para o uso de drogas, e a do recém-nascido teve como foco sua proteção, mediante o encaminhamento ao judiciário.
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