O trabalho propõe uma discussão sobre as utopias do final do século XIX e início do século XX (BENEVOLO 1989, 2001; CHOAY, 2002), buscando compreender, dentro das propostas do urbanismo progressista, ideias que possam ter repercutido no sul do Rio Grande do Sul. Nessa perspectiva, debruça-se sobre as vilas operárias e equipamentos urbanos construídos no Complexo Rheingantz, na cidade de Rio Grande. A implantação tipológica do conjunto arquitetônico e a linguagem das vilas operárias permitem ler, no conjunto edificado, a estratificação social da fábrica, o caráter assistencialista dos equipamentos propostos (escola, jardim de infância, armazém e enfermaria) e os mecanismos implícitos de dominação e controle, entre eles a presença do relógio urbano, regrando a vida pelo tempo da fábrica. A integridade do conjunto e a sua importância justificaram o tombamento do Complexo Rheingantz pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE) em 2013.
As atividades escolares no Brasil, em seu princípio, eram exercidas em residências particulares ou instituições religiosas e, portanto, usufruíam de pouca infraestrutura. Com o decorrer dos anos e a valorização da educação pelo Estado, especialmente entre o final do século XIX até a década de 1920, começaram a ser construídos edifícios específicos para esta função. A partir de 1920, houve uma reestruturação do sistema escolar, buscando ampliar o acesso à educação. A partir dessas novas diretrizes, foram propostas melhorias nos programas e no ambiente escolar. O racionalismo das construções permitiu agilidade e economia nas obras, fazendo com que fossem propostas novas concepções para as escolas. Nesse interim o governo do Rio Grande do Sul criou um projeto padrão, a ser disseminado em diferentes localidades, com adaptações de acordo com o número de usuários. Com o objetivo de apresentar as instituições escolares Art Déco de projeto padrão no Rio Grande do Sul, este artigo contextualiza o cenário político-social em que essas construções foram idealizadas, junto à compilação de dados encontrados através de levantamentos e buscas em arquivo históricos, analisando de maneira mais aprofundada o material de duas escolas estaduais pertencentes a esse programa - Escola Cruzeiro do Sul, em São Lourenço do Sul/RS; Instituto Estadual de Educação Assis Brasil, em Pelotas/RS.
O trabalho apresenta a atividade extensionista do projeto “Rede PHI - Patrimônio Histórico + Cultural Iberoamericano” e seus desdobramentos no âmbito acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (FAUrb/UFPel). A atividade, realizada em formato remoto, teve como proposta dar prosseguimento às discussões sobre patrimônio cultural durante o isolamento social em função da pandemia de COVID-19 através do grupo de estudos “Ler e Interpretar o Patrimônio Cultural”. O trabalho tem como objetivos narrar as experiências de apresentação da Rede PHI e dos Trabalhos Finais de Graduação (TFG) publicados na plataforma e refletir sobre as impressões da atividade remota para os integrantes do grupo de estudos, apontando as potencialidade e limitações das atividades relacionadas ao desenvolvimento científico em formato remoto.
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