Introdução: A prática de atividades físicas por pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana tem sido recomendada reiteradamente na literatura médica. Tal medida não farmacológica mostra-se eficaz na prevenção e no tratamento de quadros clínicos de dislipidemia, lipodistrofia e resistência à insulina associados tanto à ação do vírus quanto aos efeitos adversos da terapia antirretroviral. No entanto, estima-se que apenas 50,7% das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana estejam em conformidade com as diretrizes de exercícios físicos recomendadas. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados à prática de atividades físicas em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo formado por 276 pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana em terapia antirretroviral, atendidos no Serviço Ambulatorial Especializado de um município do interior do Maranhão durante o ano de 2018. As variáveis analisadas foram prática de atividades físicas, sexo, idade, peso e escore de risco de Framingham. Classificou-se a amostra em dois grupos: praticantes e não praticantes de atividade física. Para a análise estatística utilizou-se o software SPSS® versão 19.0. Os resultados foram considerados significativos se p <0,05. Resultados: Entre os participantes do estudo, 44,6% (n=123) eram mulheres e 55,4% (n=153) eram homens. Ademais, desse contingente total de pacientes, 67% (n=185) eram não praticantes de atividades físicas e, desses, 91,4% (n=169) possuíam baixo risco de eventos cardiovasculares, segundo escore de risco de Framingham, e 8,6% possuíam risco moderado e alto. O grupo praticante de atividades físicas apresentou menor mediana na variável idade [37 (31–45) anos, p=0,004] e maior mediana na variável peso [68 (60–77,5) kg, p=0,015]. Entre os praticantes de atividades físicas, houve uma alta prevalência de risco baixo, onde 98,9% (n=90) apresentaram risco baixo e apenas 1,1% (1) de risco moderado e alto. Conclusão: A ausência da prática de atividades físicas é prevalente entre pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e estes estão mais associados ao moderado e alto risco de eventos cardiovasculares. Nesse sentido, é essencial que a equipe do Serviço Ambulatorial Especializado priorize ações que influenciem a prática de atividades físicas a fim de evitar morte precoce por doença cardiovascular.
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