The São Francisco River is the largest river located entirely within Brazil, and water scarcity problems have been a major concern of Brazilian society and government. Water quality issues are also a concern and have worsened with the recent intensification of urbanization and industrialization. In this study, violations to water quality standards established by local legislation were calculated as a percentage for 26 selected parameters over a monitoring period of 14 years. The violation percentages were analyzed spatially using the Kruskal-Wallis test, followed by multiple comparison analysis. Temporal analysis was performed using the Mann-Kendall test and Spearman correlation. Some parameters could be identified as cause for concern due to high violation levels, such as the fecal coliform indicator (FCI) and phosphorus-both related to domestic and effluent disposal without treatment or with insufficient treatment-and color, turbidity, manganese, and total suspended solids-which can be affected by erosive processes of natural and anthropogenic causes. The study found that these violations are concentrated in the most urbanized and industrialized areas of the basin. Some metallic parameters, such as iron and arsenic violations, may be related to mining activities in the rich soil of the Iron Quadrangle area located within the Minas Gerais State. Trend analysis results indicated that most monitoring stations did not have significant modification (elevation or reduction) trends over time, which, together with the high violation percentages, might indicate the maintenance of a scenario of constant pressure upon water resources, in particular in those more urbanized areas.
A atividade minerária se destaca como uma das mais importantes para a economia em Minas Gerais, e as barragens de rejeitos são as principais formas de destinação dos seus subprodutos. Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da mineradora Vale S.A., na Mina do Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, trouxe como consequência imediata perdas humanas, além de outros graves impactos socioambientais, como a contaminação do rio Paraopeba. O objetivo deste trabalho foi analisar os dados espaciais da região diretamente atingida pelo rompimento da barragem e as informações de monitoramento da qualidade da água superficial do rio Paraopeba, antes e após o desastre.
O uso e a ocupação do solo das bacias de contribuição dos reservatórios, além de outras atividades antrópicas, influenciam na qualidade das águas superficiais. Considerando-se os impactos causados pelas alterações da paisagem na qualidade da água, o conhecimento da dinâmica das mudanças de uso do solo nas bacias hidrográficas dos reservatórios de abastecimento público de regiões metropolitanas tornou-se uma atividade vital na gestão dos recursos hídricos. Tendo em vista a importância do gerenciamento do uso e ocupação do solo na qualidade da água, este artigo busca demonstrar como as geotecnologias podem contribuir na análise dos impactos das alterações no uso e ocupação do solo na qualidade da água em reservatórios de abastecimento público. A metodologia proposta envolve desde a caracterização e quantificação das classes de cobertura e uso do solo em diferentes épocas e sua correlação com os indicadores relativos à qualidade da água. O estudo ocorreu nos três reservatórios que compõem o sistema Paraopeba (Vargem das Flores, Serra Azul e Rio Manso), que é responsável por grande parte do abastecimento da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG. Foram utilizados dados oficiais e de acesso público. A metodologia recorre a análises multitemporais da dinâmica das classes de uso e ocupação do solo e métricas da paisagem no entorno dos reservatórios. O processamento e a análise dos dados foram realizados nos softwares gratuitos QGIS 3.8 e Fragstats 4.2. Os resultados demonstram que as alterações no uso e ocupação do solo refletem na qualidade da água em reservatórios de abastecimento público de região metropolitana. Foi produzido um diagnóstico dos impactos das alterações superficiais da paisagem na qualidade da água. Os mapas classificados da Plataforma MapBiomas são satisfatórios no que diz respeito à qualidade temática (índice Kappa), demonstrando a viabilidade de sua utilização em análises ambientais. Os resultados alcançados, somados a outras informações, certamente permitiriam aos órgãos públicos (executivo e o ministério público) tomar decisões mais assertivas no que dizem respeito à gestão e fiscalização dos recursos hídricos. A pesquisa desenvolvida é original e como a metodologia proposta se valeu apenas de ferramentas gratuitas e dados públicos de órgãos oficiais, acreditamos que essa medida pode contribuir para a replicabilidade do trabalho.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade das águas superficiais da bacia do rio Paraopeba, a fim de identificar os corpos d'água mais degradados e os possíveis impactos gerados pelo rompimento da Barragem I, da mina Córrego do Feijão, da Mineradora Vale S.A., em Brumadinho e as demais fontes de poluição. Para tanto, foram aplicados testes não paramétricos de Kruskal-Wallis, complementadas pela análise das desconformidades aos limites estabelecidos pela legislação ambiental, aos dados de monitoramento obtidos junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do período de 2008 a 2021. De acordo com os resultados, dentre os afluentes do rio Paraopeba, os rios Maranhão e Betim foram os que apresentaram maior degradação da qualidade da água, que pode ser associada ao lançamento de esgotos domésticos não tratados ou insuficientemente tratados, além de serem influenciados pelas atividades econômicas e tipos de solos da região. Os resultados dos parâmetros alumínio dissolvido, chumbo total, cor verdadeira, ferro dissolvido, ferro total, manganês total, sólidos em suspensão totais e turbidez evidenciam os impactos causados pelo rompimento da barragem I – Mina do Córrego do Feijão, que alterou a qualidade da água da calha rio Paraopeba a partir da confluência com o ribeirão Ferro Carvão, em Brumadinho.
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