Em contraste com a abordagem unidimensional, por meio do presente estudo propõe-se uma análise da pobreza baseada em um conjunto de variáveis selecionadas para representar as capacitações básicas que, se não forem satisfeitas, implicam em privações. Portanto, neste trabalho objetiva-se mensurar e decompor indicadores de pobreza multidimensional no Brasil. Neste intuito, foram utilizadas variáveis extraídas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dos anos de 2002 e 2014, para estimação de índices de pobreza multidimensional, aplicando-se uma metodologia proposta por Alkire e Foster (2007). Os principais resultados, indicam que a pobreza multidimensional no Brasil em 2014 era menor que em 2002 em todos os recortes geográficos considerados. A pobreza rural, em ambos os anos, era mais elevada que a urbana. Da mesma forma, a pobreza multidimensional nos municípios não autorrepresentativos e autorrepresentativos era mais elevada que nas regiões metropolitanas. Além disso, notou-se que as dimensões que mais contribuíram para a pobreza no Brasil foram as de Características educacionais e Condições ocupacionais, o que implica a necessidade de políticas públicas voltadas para a resolução destas privações.
Por meio deste trabalho, objetiva-se analisar a associação entre as aposentadorias rurais, o Benefício de Prestação continuada da Assistência Social (BPC) e a pobreza multidimensional rural. Para tanto, inicialmente foi gerado um índice de privação multidimensional a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2019. Posteriormente, utilizou-se um modelo de regressão linear múltipla a fim de verificar o grau de associação entre as variáveis. Com base na análise foi possível concluir que os benefícios estudados se associam à diminuição da privação multidimensional. Apesar disso, esses benefícios estão relacionados, mais expressivamente, às privações econômicas e de bens materiais. Portanto, outras dimensões da pobreza precisam de mais atenção em termos de políticas públicas.
O estudo trata do desemprego nas macrorregiões brasileiras entre 2014 e 2017. Seguindo a metodologia de decomposição adotada por Corseuil et al. (1997), analisa-se a participação de diferentes grupos populacionais e socioeconômicos no estoque de desempregados. Os principais resultados evidenciam que, diante do aumento do desemprego no Brasil de 6,8% para 12,7% no período analisado, os grupos dos homens, dos não jovens e não brancos aumentaram sua participação no contingente de desempregados.
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