RESUMOIntrodução: A gestão da informação, abordagem tardia da informação como objeto de interesse, materializa-se hoje, no Brasil, como um campo profissional, tanto do ponto de vista educacional como ocupacional. Tornando-se chave para o mercado de trabalho, consolida um mandato de conhecimento. Objetivo: Identificar instituições concretas relacionadas ao atual campo educacional e profissional da Gestão da Informação no Brasil. Procedimentos Metodologicos: Os indicadores de tendências nesse sentido foram obtidos de pesquisa exploratória realizada através de busca sistemática e formal na web brasileira. Resultados: Os resultados apontam as tendências de abordagem multidisciplinar no ensino e de estruturação do mercado de trabalho a partir dos cargos, vagas e concursos promovidos, sobretudo, pelo setor público no Brasil. Conclusão: Conclui sobre a necessidade de a Ciência da Informação se debruçar e aprofundar a pesquisa sobre questões derivadas dessas tendências na sociedade brasileira, tanto em relação à formação educacional e profissional como no tocante à relação entre gestão da informação e gestão pública no país. Palavras-chave:Gestão da Informação. Formação Profissional. Mercado de Trabalho. Brasil. INTRODUÇÃOA proposta de gerenciar informação guarda múltiplas interpretações que disputam espaço como solução para o atual ambiente organizacional e institucional, com entendimentos deslizantes e instáveis.Ana Maria Barcellos Malin O campo profissional da gestão da informação.
A pesquisa “COVID-19: acesso à informação pública” tem por objetivo monitorar e analisar os pedidos de informação relacionados à COVID-19 dirigidos ao governo federal do Brasil, via Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC), e as respectivas respostas. Além disso, busca avançar no entendimento do uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelos cidadãos e dos procedimentos dos órgãos governamentais federais diante das demandas, especialmente no contexto de pandemia. O estudo perpassa as noções de transparência, acesso à informação e controle social das ações governamentais, entendidas por meio do conceito de regime de informação. Com abordagem metodológica qualitativa, que recorreu à metodologia de análise de conteúdo, e quantitativa, a investigação explora duas fontes de dados disponibilizadas pela Controladoria-Geral da União. Os resultados da pesquisa abrangem, no primeiro semestre de 2020, o panorama geral dos pedidos feitos a partir da LAI e, em destaque, a análise dos pedidos relacionados à COVID-19. Entre as conclusões, destaca-se que o e-SIC consolidou-se como canal de comunicação entre os cidadãos e o governo no contexto de pandemia, sobretudo para pedir informações sobre o auxílio emergencial. Nota-se, ainda, a grande variedade e complexidade dos canais digitais de interação do governo. A pesquisa também demonstrou como a desarticulação informacional do governo é um problema com implicações concretas para sustentar políticas públicas no país.
O Estado brasileiro enfrenta crise na capacidade de gerenciar informações para e de um ambiente complexo. Mas essa questão não está colocada enquanto tal, e se esgotaram as tentativas de reforma administrativa onde a informática ocupe lugar marginal. Não basta aplicar recursos e racionalidade às tecnologias de informação. É necessário também fazê-lo em relação à informação propriamente dita. Há que se rever normas e atribuições adaptando-as às novas realidades tecnológicas, assim como o monopólio de empresas federais de informática. Não há como dispensar a concorrência pelo melhor serviço. A informação deve ser usada como fio condutor da reforma administrativa, eliminando-se duplicidades de tarefas e constituindo-se os cadastros básicos. Em relação à sua disseminação, a norma deve ser sua ampliação, determinando-se as situações de restrição e o papel do setor privado.
O artigo chama atenção para a atual dimensão informacional do Estado, considerada complexa e multifacetada. Recorre aos conceitos de Estado informacional e de regime de informação como ferramentas que possibilitem enquadrar tendências comuns em fenômenos dispersos no quadro da ampla difusão das tecnologias digitais. Baseando-se nesta abordagem, identifica e lista os marcos regulatório e normativos que afetam a circulação da informação na interface do Estado com a sociedade civil no Brasil, desde o ano 2000. Considera que se cada um, separadamente, tem amplo impacto transversal sobre a condução pública, o conjunto deles indica radical mudança do Estado brasileiro em termos informacionais. Considerando que o funcionamento desse complexo esquema está ainda por ser compreendido, conclui propondo direções de pesquisa que viabilizem a criação de novos instrumentos políticos que fortaleçam a democracia e a cidadania no país.
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