10 2w, 25, ap. Byl, op. cit., pp. 64-5), é bem pouco conhecida e relata que, na cabeceira do leito de morte de Platão, encontraram-se textos de Aristófanes. O discurso de Aristófanes no Banquete de Platão foi elaborado segundo sua obra 10. Em Lisístrata, temos uma greve de sexo planejada e executada pelas mulheres, que são, dessa forma, separadas dos homens. Tal conflito é reproduzido no coro que é, pela primeira vez, em Aristófanes, formado por dois grupos diferentes e antagonistas: homens e mulheres. O objetivo da greve é o final da guerra e a volta dos homens para casa, i.e., a continuidade da família, que estava interrompida pela guerra. Em Tesmoforiantes, temos a mesma separação dos pares, só que agora legalizada pelo festival das Tesmofórias, exclusivo das mulheres. Há a figura do efeminado poeta trágico Agatão, que servirá de ponte entre o sexo masculino e o feminino, na caracterização feminina. Essas duas peças cômicas de 411 a.C., apresentam a separação dos casais, com a presença de figuras andróginas, na primeira, pela masculinização das mulheres tomando o poder na cidade e batendo nos homens; na segunda, com a feminização dos homens. Platão, no Banquete, faz o personagem de Aristófanes contar um mito que inclui a divisão dos seres circulares em dois, como castigo por sua impiedade. Há, acredita-se 11 em 191d do Banquete de Platão a referência aos versos 115-16 de Lisístrata: Aristóf. É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto é uma téssera complementar de um homem, porque cortados como linguados, de um só em dois; e procura então cada um o seu próprio complemento 12 (grifo nosso). Os versos de Lisístrata a que Platão pode estar se referindo são atribuídos a Mirrina, no prólogo, ao indicar o sacrifício que faria para acabar com a guerra: Mir. E eu aceitaria, mesmo que como um linguado, acho que daria a metade de mim, tendo sido cortada. Na realidade, foi o que ocorreu com ela, visto que, depois, haverá o episódio que expõe seu sacrifício de repelir seu marido, i.e., a metade de si.
RESUMO: Observa-se uma considerável influência de IntroduçãoO teatro de Sêneca apresenta, nas suas dez peças trágicas, nove com temas gregos, considerando-se ainda que a única pretexta é tida como espúria. Discute-se muito acerca do objetivo do autor ao imitar as tragédias helênicas; sabe-se, no entanto, que tais peças não são sua única fonte, pois há, em seu teatro, influência dessas obras e das dos autores latinos da época helenística. E Sêneca não se serve somente do gênero trágico para a elaboração dos textos, mas busca inspiração na épica e na poesia lírica (Herrmann, 1924, p. 326).Ora, é indiscutível que suas principais fontes foram os grandes tragediógrafos gregos, e que, dentre eles, a sua predileção está em Eurípides. As troianas de Sêneca, que será estudada neste trabalho, tem como principais fontes duas obras desse autor grego: As troianas e Hécuba. O drama senequiano reúne os temas dessas duas peças: a morte de Políxena em Hécuba, e a de Astíanax em As troianas.Ocorre, porém, que nas duas peças de Eurípides a figura central é Hécuba, mãe e avó respectivamente de Políxena e Astíanax. Andrômaca, mãe deste último, desempenha um papel menor somente em As troianas, que trata da morte do pequeno príncipe troiano. Em Sêneca, entretanto, essa personagem vem com maior força e divide, com a velha rainha troiana, grande parte de toda a peça, embora Hécuba não deixe de ser a figura central, por representar a própria Tróia destruída.
Apresentamos o Núcleo de Cultura Clássica, vinculado ao Departamento de Letras Estrangeiras do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará, Grupo de Pesquisa do diretório do CNPq, Grupo de Pesquisa da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos e Programa de Extensão da Universidade Federal do Ceará.
A peça Cavaleiros, de Aristófanes, data de 424 a.C. e é a comédia mais política dentre as que nos restaram do comediógrafo, logo também é a mais política da comédia antiga grega. O enredo da peça é uma disputa, ou agón, entre um escravo (o Barraqueiro, que representa o demagogo Cléon), recém-comprado pelo Povo, personificado como o patrão, e um vendedor de chouriços (o Vendetripa, que sugerimos representar o Poeta coÌ‚mico), pela liderança de Atenas. A rivalidade e o antagonismo entre o Vendetripa e o Barraqueiro escondem uma identidade e duplicação de um no outro. O Povo de Atenas é a presa disputada por ambos, que usam de impudência e de malícia para conseguir o governo da pólis. Mas, no final, o Vendetripa se revela amigo verdadeiro do Povo, enquanto o Barraqueiro apenas finge ter amor ao Povo, para enriquecer. Traduzimos os nomes das personagens enfatizando suas características de vendedores do mercado: Vendetripa, Barraqueiro, Bom de Feira, Zeus Feirante.
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