Acetilcolinesterase (AChE) e Butirilcolinesterase (BuChE) estão envolvidas na transmissão colinérgica,e sua deficiência é considerada uma das principais hipóteses da patogênese da Doença de Alzheimer (DA) (FALCO et al., 2016). Por esse motivo, o tratamento da DA é baseado principalmente na monoterapia com fármacos anticolinérgicos com seletividade para AChE (ex.: donezepila e galantamina) e/ou ambos os receptores (ex.: rivastigmina). Contudo, a monoterapia é ineficaz devido ao efeito compensatório entre a AChE e BuChE (NAJAFI et al., 2017), além disso os fármacos atuais possuem baixa eficácia e alto perfil de efeitos adversos e portanto a identificação de novos inibidoresduaistorna-se uma alternativa promissora para o tratamento de pacientes com DA. Uma forma de alcançar esse objetivo é através da integraçãode estratégias químico-medicinais capazes de identificar requisitos estéreo-eletrônicos essenciais para a inibição de ambos os alvos biológicos (ex. modelos farmacofóricos) e que forneçam informações de afinidade e modo de ligação no sítio ativo (ex. acoplamento molecular)(RODRIGUES et al., 2012). Diante do exposto, a triagem virtualpor modelos farmacofóricos e acoplamento molecular foi utilizada para priorizar potenciais inibidores duais frente a AChE e BuChE, presentes no banco de moléculas da Sigma-Aldrich® disponível na plataforma ZINC15.
A interação medicamentosa potencial (IMP) ocorre quando um medicamento modifica a intensidade dos efeitos farmacológicos de outro, aumentando ou diminuindo o resultado esperado da farmacoterapia, sendo sua ocorrência mais frequente na presença de polifarmácia. Este estudo teve como objetivo avaliar a presença de polifarmácia e IMP em prescrições de pacientes, acompanhados por farmacêuticos clínicos, internados em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado em hospital público de referência regional com coleta referente ao período de julho a dezembro de 2019. Foram analisadas 102 prescrições, com um total de 1717 medicamentos, média de 16,8 medicamentos por prescrição. Observou-se 100% de polifarmácia, sendo 97,1% polifarmácia excessiva. Identificou-se 913 IMP, apresentando uma mediana de 7 IMP por prescrição. Quanto aos fármacos de maior frequência em IMP prevaleceram os subgrupos Fenilpiperidina 11,2%, Benzodiazepina 11%, Propulsivos 10,6% e Insulinas e análogos para injeção, ação rápida 6,9%, com envolvimento dos seguintes fármacos: Fentanila, Midazolam, Metoclopramida e Insulina Regular Humana. No que diz respeito às características sociodemográficas e clínicas dos pacientes, houve predomínio de sexo masculino (52,5%), com idade > 60 anos (55,4%), raça parda (94,0%). Com relação a comorbidades prevaleceu a Hipertensão Arterial Sistêmica (67, 8%) e Diabetes Mellitus (39,0%). Foi possível identificar um grande número de medicamentos prescritos, com presença da polifarmácia excessiva e uma frequência elevada de IMP, isso mostra que monitorar os pacientes em UTI é importante e necessário, e deve ser realizado por equipe multiprofissional, com inclusão do Farmacêutico clínico.
Introdução:Interações Medicamentosas Potenciais (IMP) consistem na modificação do efeito terapêutico de um medicamento pela coadministração de outro, configurando-se como uma causa de problema relacionado ao medicamento, que, quando manifestada, tem impactos negativos sobre a morbidade, a mortalidade, o tempo de hospitalização, a qualidade de vida e os custos em saúde.A identificação e monitoramentodas IMPsão importantes para implementar medidas para garantir a efetividade e segurança do paciente.Objetivo:Analisar IMP em prescrições médicas emUnidades de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de ensino.Métodos:Estudo descritivo,realizado em um hospital público geral de ensino, com 276 leitos, sendo 29 leitos de UTI, que presta assistência de alta e média complexidade. Foram analisadas as prescrições médicas com os seguintes critérios de inclusão: paciente internado por período igual ou superior a 24horas e com internação entre maio e junho de 2019.As interações fármaco-fármaco foram classificadas em relação à gravidade, adotando as especificações do Micromedex®: contraindicada (quando os medicamentos são contraindicados para uso concomitante); grave (quando a interação pode trazer riscos à vida do paciente e requer intervenção médica imediata); moderada (quando a interação pode resultar em exacerbação da condição clínica do paciente ou demandar alteração da terapia)e leve (quando a interação pode ter efeitos clínicos limitados, sem demandar alterações na terapia medicamentosa). A qualidade da documentação foi classificada de acordo com as especificações do Micromedex®: excelente, boa e falha.Resultados: Dentre as 45 prescrições analisadas, foram encontradas um total 156 IMP, sendo 76 distintas. Do total de IMP foram encontradas 5 (3,1%) contraindicadas, 86(55,2%) graves, 49(31,4%) moderadase 16(10,3%) leves.As 5 IMP mais frequentes foram: Fentanil x Midazolam-grave (8,3%), Midazolam x Omeprazol-moderada (5,1%), Omeprazol x Fenitoína-moderada (3,8%), Fentanil x Fenitoína-grave (3,8%) e Haloperidol x Prometazina-grave (3,2%). Das IMP contraindicadas foram encontradas: Haloperidol x Metoclopramida (em duas prescrições), Atropina x Cloreto de Potássio, Metoclopramida x Risperidona e Fluconazol x Haloperidol. As 76 IMP distintas foram classificadas por documentação: excelente: 7 (9,2%); boa25 (32,9%) e falha 44(57,9%). Das IMP com documentação excelente foram encontradas5 graves e 2 moderadas; para as com documentação boa 7 interações graves, 12 moderadas e 6 leves; para as com documentação falha 4 interações contraindicadas, 30 graves, 9 moderadas e 5 leves. Conclusão:O estudo evidenciou uma elevada frequência de IMP nas prescrições médicas das UTI. Os prescritores devem ser alertados para o reconhecimento do problema e criados mecanismos para o manejo adequado e prudente, diminuindo iatrogenias para garantir a segurança dos pacientes.
Introdução:Os agentes anticoagulantes são moléculas que alteram direta ou indiretamente a cinética da coagulação sangüínea, estes medicamentos podem provocar efeitos adversos como a trombocitopenia induzida, neutropenia, hemorragias, osteoporose, hipersensibilidade e necrose de pele. O coagulograma é frequentemente solicitado na prática médica, com objetivo de avaliar a hemostasia e também investigar doenças hemorrágicas e trombóticas.O maior desafio com a utilização de anticoagulantes é avaliar o risco benefício para a segurança dos pacientes. Objetivo: Identificar a solicitação de coagulograma a partir dos dados de pacientes utilizando anticoagulantes.Métodos:Estudo descritivo, realizado em um hospital público geral de ensino que presta assistência de alta e média complexidade e possui 276 leitos. Foram analisados os dados secundários gerados da avaliação farmacêutica da Residência Multiprofissional,com os seguintes critérios de inclusão: paciente internado por período igual ou superior a 48 horas, com internação entre abril/junho de 2019 e com prescrição de anticoagulantes (antagonistas da vitamina K e heparinas). A solicitação de coagulograma foi avaliada se “sim” quando havia uma ou mais,e “não” quando não havia solicitação nenhuma.Resultados:Dentre os 42 pacientes, que possuíam prescrição de anticoagulantes foram identificadas 37 (88,1%) prescrições de Heparina Subcutânea (SC), 2 (4,8%) de Heparina Endovenosa (EV) e 3 (7,1%) de Varfarina. Dos pacientes em uso de Heparina SC, 13 (31%) continham a solicitação do coagulograma e 24 não continham (57%). Dos pacientes com prescrições de Heparina EV, 1 (2,4%) continha solicitação de coagulograma e 1 (2,4%) não continha. Já nos pacientes com prescrição de Varfarina, todos continham a solicitação do coagulograma. Dos 25 (59,5%)pacientes que não apresentavam solicitação do coagulograma,a utilização dos anticoagulantes variou de 3 a 29 dias. Conclusão:O estudo evidenciou que o monitoramento da utilização de anticoagulantes é realizado adequadamente em todos os pacientes quando se trata da prescrição de Varfarina, porém quando a Heparinaé utilizada não há solicitação de coagulograma na maioria dos pacientes (59,5%). A falta de monitoramento do coagulograma nestes pacientes pode configurar-se em um risco aumentado da ocorrência de eventos adversos, já que o acompanhamento destes exames pode contribuir para evitar possíveis sangramentos associados ao uso de anticoagulantes.
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