O artigo analisa os resultados econômicos e sociais do PAC e do PBF no Nordeste, bem como a relação entre o debate acadêmico acerca do desenvolvimentismo e a construção de políticas públicas dos governos progressistas no Brasil. Para tal, recupera a literatura sobre o desenvolvimentismo, bem como resgata a trajetória da economia do Nordeste nas décadas recentes. Busca apresentar a ação do Estado enquanto promotor do desenvolvimento nas dimensões social e econômica, através da análise da evolução de algumas variáveis selecionadas. Conclui-se que a melhoria nos indicadores econômicos e sociais no Nordeste tornou-se mais visível a partir dos governos progressistas, já que essa experiência desenvolvimentista mais recente incluiu políticas redistributivas, ao contrário daquela adotada no Brasil durante a substituição de importações. Entretanto, ressalta-se que a informalidade no mercado de trabalho, os baixos rendimentos mensais, e a desigualdade persistiram como problemas enfrentados na região.
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APRESENTAÇÃONeste segundo volume, apresentamos 19 trabalhos que discutem sobre a percepção, processos e estratégias de estudos direcionados a compreender as pessoas em relação ao produto desenvolvido. São artigos recentes que demostram pontos a serem observados sobre o empreendimento para o seu sucesso.Conhecer a percepção dos produtos por parte do consumidor é uma estratégia fundamental no agronegócio. Contribuir para o desenvolvimento rural sustentável, aplicando conhecimento das ciências sociais é a proposta destes trabalhos.Espero que a leitura desses artigos contribua para o seu conhecimento.Aproveite ao máximo as reflexões e os resultados deste volume.
Este trabalho reflete sobre a instrumentalização das grandes redes de supermercados para o escoamento da produção das grandes empresas do setor agroalimentar. Sua atuação contrasta com o atual momento que a sociedade brasileira atravessa no combate a fome, esta antiga assombração que acompanha 33,1 milhões de brasileiros. O objetivo deste trabalho consiste em relacionar o atual quadro de insegurança alimentar e nutricional com a atuação destes equipamentos de varejo alimentar. Seu desempenho está alinhado com os interesses financeiros que colaboram para as lavouras de monoculturas quanto para a padronização do consumo de alimentos no Brasil de modo que o custo da cesta básica aumenta junto com a depressão da renda dos trabalhadores. Dessa forma, a alternativa para se alimentar é o endividamento que resulta no fortalecimento desses grupos financeiros enquanto a maior parte dos agentes envolvidos está diante forte vulnerabilidade tanto no meio rural quanto no urbano.
ResumoEste trabalho apresenta a importância da inserção de uma dimensão de análise que abarque a compreensão de aspectos ambientais na dinâmica de desenvolvimento das comunidades tradicionais. Aqui, é apresentada a análise de duas comunidades quilombolas que tem seus territórios ameaçados por grandes obras no Rio São Francisco, Cupira (PE) e de Resina (SE). A análise apresenta a pertinência da construção teórica da noção de intitulamentos ambientais para a interpretação seniana para o processo de desenvolvimento. Nesse sentido, é realizada uma análise crítica do papel do Estado, comparando a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais e aquilo que ocorre nas comunidades quilombolas, como uma permanência da exclusão de direitos sociais e de acesso a terra. Diante de propostas voltadas para o desenvolvimentismo, percebe-se a existência de conflitos e a supressão de direitos, em uma clara sobreposição da visão da natureza como recurso a serviço do capital e não da natureza como constitutiva dos territórios e, portanto, do modo de vida dessas populações. Assim, há uma dicotomia nas medidas adotadas por um Estado que promove ações muito mais caracterizadas e aderentes a um discurso político que privilegia o processo de crescimento econômico, relegando a um segundo momento o debate em relação aos processos multidimensionais de desenvolvimento.Palavras-Chave: Abordagem das Capacitações. Intitulamentos Ambientais. Comunidades Tradicionais Quilombolas. Conflitos Ambientais.
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