Introdução A genética da enxaqueca sem aura e a enxaqueca com aura está sendo estudada com auxílio de grandes estudos de associação de genomas. Entretanto, é necessário a caracterização da base genética de populações específicas. Objetivo Verificar se universitários com enxaqueca possuem susceptibilidade genética para esse distúrbio. Material e Métodos Estudo descritivo de corte transversal realizado entre estudantes universitários de uma universidade pública da Bahia no período de dezembro de 2020 a junho de 2021. Os questionários foram aplicados mediante convocação por redes sociais e aplicativos de mídia e preparados na plataforma FORMS (Google LLC®, Califórnia, EUA). Inicialmente eram direcionados para o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e somente após poderiam responder às questões. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) CAAE:38038720.5.0000.0057 – Parecer 4.351.53. Resultados Um total de 83 universitários que responderam ao questionário, 85,5% afirmaram sofrer de enxaqueca. A média de idade foi de 25 anos (+/- 6,9) e 81,9% eram do sexo feminino. A maioria (>80%) afirmou ser de naturalidade baiana, sendo que 41 % se autodeclararam de cor preta e 31,3% parda. Dos estudantes que informaram a presença de enxaqueca, 54,2% informaram ter histórico familiar de enxaqueca, sendo que a mãe foi mais citada para 33,7% deles, seguidos por tios (18,1%), irmãos (13,3%), pais (10,8%) e avós (4,8%). Conclusões Em jovens universitários da Bahia com enxaqueca, o histórico familiar foi presente em mais de 50%, indicando que a enxaqueca tem um importante componente genético neste grupo. Além disso, esse levantamento mostra a necessidade de caracterizar melhor os fatores genéticos influenciadores na ocorrência de enxaqueca nesses estudantes a fim de possibilitar estratégias terapêuticas mais efetivas, uso adequado de medicamentos e prevenção da cronificação desse tipo de cefaleia.
Introdução A migrânea é um tipo de cefaleia de origem multifatorial e é considerada uma doença incapacitante. A pandemia da COVID-19 provocou alterações nos hábitos de vida e padrão alimentar da população, que são importantes gatilhos para as crises migranosas. Objetivo Avaliar o impacto das mudanças no estilo de vida e alimentação impostas pela pandemia da COVID-19 quanto à ocorrência de enxaqueca em universitários. Material e Métodos Estudo transversal, retrospectivo, com abordagem descritiva, realizado com acadêmicos de uma universidade de Salvador, Bahia, no período de 12/2020 a 06/2021. Os universitários foram convocados por meio do aplicativo Whatsapp® e, posteriormente, direcionados via link para acesso ao termo de consentimento livre e esclarecido, que foi preenchido, assim como o questionário, via aplicativo de gerenciamento de pesquisa. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer no 4.351.573. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados e Discussões: Amostra constituída por 83 indivíduos, 89,2% mulheres, 45,8% sedentários, 51,8% relataram aumento de peso nos últimos meses e 59% têm dificuldade para conciliar o sono. Antes da pandemia, 7,3% relataram 7-14 dias de enxaqueca por mês e, após, identificou-se aumento para 24,1%. Além disso, 36,1% dos acadêmicos associaram algum alimento às crises de enxaqueca, sendo os gatilhos mais comuns: café (20,5%), chocolate (14,5%), embutidos (12%), bebidas alcóolicas (9,6%) e açúcar (6%). Diante dos resultados, percebe-se que a pandemia implicou no aumento do número de dias com enxaqueca por mês, o que pode estar associado às alterações alimentares, à disfunção do sono potencializada pela crise sanitária, aumento de peso nos últimos meses, assim como devido à prevalência de sedentarismo observada. Conclusões As mudanças no estilo de vida e no comportamento alimentar ocasionadas pela pandemia da COVID-19 repercutiu no aumento de dias com enxaqueca por mês em universitários.
Introdução Os serviços que atendem pacientes com cefaleia precisam se adaptar a este momento pandêmico, minimizando consultas presenciais, mas mantendo os cuidados em saúde, orientando os pacientes a aderirem ao tratamento sugerido, e evitando gatilhos desencadeadores da migrânea. Objetivo Descrever o perfil clínico e epidemiológico de universitários com migrânea durante a pandemia COVID19. Material e Métodos Foi realizado um estudo descritivo de corte transversal entre acadêmicos de uma Universidade de Salvador, Bahia, no período de dezembro de 2020 a junho de 2021. Foram convocados por meio de aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp® (WhatsApp Inc. Facebook Inc.) e direcionados via link para acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), preenchidos via aplicativo de gerenciamento de pesquisa - Google Forms (Google LLC®, Califórnia, Estados Unidos). Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê̂ de Ética em Pesquisa 4.351.573. Resultados Dentre os 83 universitários entrevistados 85,5% apresentaram migrânea, 89,2% eram do sexo feminino, com média de idade de 25 anos (+/- 6,9), 81,9% solteiros e 41% de cor preta. Dentre os entrevistados, 13,3% apresentaram dificuldade em abrir a boca, 30,10% sentiam dor na região de têmporas ou próximo ao ouvido durante a mastigação, fonação ou deglutição; e 27,7% referiram ruídos ao mastigar falar ou bocejar, 55,4% cursaram com cervicalgia, 53% apresentaram rigidez no pescoço e 66,3% referiram dor irradiada para os braços. 15,5% apresentaram diagnóstico de COVID, 55,5% apresentaram cervicalgia. O consumo de medicamentos sintomáticos para migrânea passou de menos de uma vez ao mês (45,8%) para 1 a 4 vezes ao mês (60,2%). Conclusões O perfil clínico e epidemiológico de universitários com migrânea durante a pandemia COVID 19 foram mulheres jovens, solteiras, com sinais e sintomas de DTM e cervicalgia.
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