Apresentamos pesquisa avaliativa qualitativa sobre modos de morar de pessoas com transtorno mental grave, vinculadas às redes municipais de saúde mental de três cidades de grande porte. Realizamos observação participante de dez moradores e respectivos cuidadores de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) e acompanhamos o cotidiano de oito usuários de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que constituíram suas moradias por iniciativas próprias. Os moradores e usuários também foram entrevistados em profundidade. O material de campo foi analisado, segundo o método interpretativo, da perspectiva de arquitetos, antropólogos, psicanalistas e sanitaristas. Os resultados apontam carência de processos sistemáticos de reabilitação psicossocial dos moradores de SRT e despreparo dos cuidadores para lidarem com a complexidade de demandas para seu acompanhamento, além de baixo envolvimento dos CAPS com os SRT. Por outro lado, usuários ligados aos CAPS, que não moram em SRT, apresentaram criativa diversidade nos modos de constituir suas moradias e maior interação com a comunidade, embora alguns contem com o apoio de albergues e asilos para resolver suas necessidades. Algumas direções para a superação dos problemas encontrados são apontadas ao final do texto.
The participatory planning method called Plano Global Específico (PGE; Specific Global Plan) has been used in Belo Horizonte, Brazil since 1995 for interventions in favelas (spontaneous settlements). Although the responsible municipal agency describes it optimistically, inhabitants have manifested significant discontent. This article focuses on the reasons for this controversy, analysing the PGE method against the background of Brazilian re‐democratisation and Belo Horizonte's public policies for favelas. The article argues that institutionalised participation does not favour the qualitative leap towards citizen control or autonomy, but is essentially attached to heteronomous planning structures.
Purpose -The purpose of this paper is to report on the point of view of architecture of an interdisciplinary research on housing and social integration of people with severe mental disorder (SMD) in Brazil after deinstitutionalization. It first aims to present the need for a qualitative evaluation of the way people with SMD deal with their living spaces (house and city); then to describe the method adopted to approach people living under control -in therapeutic residential services (SRTs) proposed by the State as the only alternative model for those leaving psychiatric institutions -and people living alone -with little psychiatric assistance and no dwelling support provided by the State. It aims to conclude with a discussion of the observed dwellings pointing towards the need to accommodate differences in any housing model adopted by the State. Design/methodology/approach -The qualitative evaluation enabled the focus of participant observation on the way people interact with each other and with their living space. The authors followed the routines of chosen people with SMD in three different cities in Brazil and provided reports for the whole group to analyze them. Findings -It was found that those living in SRTs are much more obstructed by institutional control than those living alone. Despite the difficulties and fragilities of those living alone because of the lack of support, they end with more possibilities for autonomy and social integration. Originality/value -Most research on the subject approaches objective housing issues focusing on statistical results. This research evaluates qualitative dwelling issues, summarizing little pointers for future health policy on housing for people with SMD.
Ambiente de imersão virtual como ferramenta para mudança de paradigma no processo de projeto arquitetônico: da representação à interação Virtual immersive environment as a tool for paradigm shift in architectural design process: from representation to interaction This paper discusses the possibility of a low-cost immersive virtual environment (AIVITS) shifting the paradigm from representation to interaction in architecture design process. It first presents the perspectival paradigm in architecture, initiated in the Renaissance and culminating with the separation between design, building and use, having representation as its main product. Then it discusses the possibility of having representation as a tool, no longer as a paradigm, in a design process based on interaction. It then presents the interface used in the low-cost immersive virtual environment, which instead of representing the final appearance of the building, stimulates people to play with constructive possibilities by means of gestures. Este artigo apresenta a discussão das possibilidades de um ambiente de imersão virtual de baixo custo como ferramenta para mudança de paradigma no processo de projeto de arquitetura. Inicialmente discute-se o paradigma perspectívico, iniciado no Renascimento, introduzindo a representação como processo de projeto da arquitetura. Segundo Baltazar (2012) o paradigma perspectívico é reforçado ao longo dos séculos culminando com a consagração da separação entre projeto e construção pelo arquiteto Jean-Laurent Legeay (1710-1786), que "preconizava a virtuosidade de uma ideia sobre seu potencial construtivo ... implicitamente sugerindo que o conhecimento de construção não seria responsabilidade do arquiteto" (Pérez-Gómez & Pelletier, 1997, p.220-221). Assim, o arquiteto passa a projetar um desenho que comunica a forma final do edifício reduzindo o processo de projeto ao paradigma perspectívico. O Modernismo encampa sem questionamentos tal paradigma e a arquitetura contemporânea também reproduz a representação bi e tridimensional em meios bidimensionais, como a prancheta e a tela do computador, sem muito questionar. Segundo Baltazar (2012) a representação deve ser encarada como ferramenta e não como paradigma na arquitetura, o que implica mudar o foco do processo de projeto da representação para a interação, tanto para simular o processo construtivo quanto para ampliar as possibilidades de uso dos espaços. Tal processo pautado na interação e não na representação encontra um campo fértil para seu desenvolvimento nos ditos ambientes de imersão virtual, ainda que esse não seja ainda o foco da grande maioria das pesquisas na arquitetura.É comum que a arquitetura tome emprestado tecnologias que não são desenvolvidas especificamente para ela, e as adaptem em seu benefício. Contudo, mesmo usando tais tecnologias, os ambientes de imersão criados apenas reproduzem o paradigma perspectívico, focando principalmente na visualização de modelos tridimensionais, ou, em alguns casos, em sistemas híbridos nos quais podem ser visualizados tanto...
This paper discusses the evolution of an interface used to introduce eletronics in the foundation design course at the School of Architecture at Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. The use of this interface by the students triggers the discussion of the possibilities of new technologies in architecture and initiates a tactical learning process in which the students are responsible for the very content they are learning. This interface introduces the discussion of interactivity and indeterminism, crucial to the development of the two main works of the course: an individual interactive object and an urban interactive intervention in group.
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