ResumoNeste estudo analisam-se as representações que as crianças institucionalizadas constroem sobre os cuidadores secundários. A informação foi recolhida através de entrevistas a oito crianças e os dados analisados de acordo com a Grounded Theory. Os resultados evidenciam seis categorias incluídas na categorial principal (Vinculação suportativa): "Competência emocional", "Dimensão relacional", "Aspetos da personalidade", "Mundo interno", "Desenvolvimento da autonomia e da diferenciação" e "Regulação emocional". Estes resultados mostram que as crianças percecionam os cuidadores institucionais como disponíveis, reconhecendo a sua capacidade contentora e afetiva. Estabelecem com eles uma relação que parece funcionar como amortecedor das dificuldades vividas nas famílias de origem. Palavras-chave: crianças institucionalizadas, cuidadores institucionais, centro de acolhimento, representações, grounded theory AbstractThe present study analyses the mental representations of institutionalized children about their institutional caregivers. The information was collected by the interviews of eight children and data analyzed according to Grounded. The analysis showed six categories (included in the main category "Supportive attachment"): "Emotional competence", "Relational dimension", "Aspects of the personality", "Internal world", "Development of autonomy and differentiation" and "Emotional regulation". Results show that children perceive the institutional caregivers as available figures with supportive, protective and affective capacities. This attachment relationship seems operate as a buffer against the difficulties lived by children's in their families. Key Words: institutionalized children, institutional caregivers, welfare, representations, grounded theory.O termo vinculação é definido como a propensão dos seres humanos para estabelecerem laços afetivos fortes com determinadas pessoas, ficando o sujeito emocionalmente afetado quando ocorrem separações ou perdas (Bowlby, 1969).O estabelecimento de uma relação de vinculação é essencial para que uma criança se sinta segura e protegida. A vinculação constitui-se, então, como a base para uma estabilidade emocional futura (Montagner, 1993).Tendo passado por uma situação de separação, de abandono e/ou morte, as crianças institucionalizadas estão marcadas pela perda e pelo sofrimento (Tinoco & Franco, 2011). Estas crianças constroem relações de vinculação através da vivência com outras figuras significativas que fomentam o seu desenvolvimento adaptativo, fornecendo-lhes respostas pessoais, afetivas e sociais de qualidade. Estas figuras podem surgir da relação com os professores, com os funcionários da escola, com os pares e, particularmente, com os funcionários da instituição onde vivem (Mota & Matos, 2010), os quais devem desempenhar uma função suportativa e contentora das vivências prévias destas crianças, incluindo os acontecimentos potencialmente traumáticos com a família de origem e a própria vivência de separação.Os cuidadores destas crianças devem ter a capacidade de...
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