RESUMOOBJETIVO: Evidenciar a melhor estratégia de escolha de anticorpos para caracterizar a presença de clones de hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) em pacientes submetidos à investigação diagnóstica de leucemias agudas ou em acompanhamento terapêutico. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas 41 amostras de sangue periférico e medula óssea de pacientes portadores de leucemia aguda submetidos à investigação diagnóstica ou em acompanhamento terapêutico de dois hospitais oncológicos e públicos de Belém, de fevereiro a julho de 2015. RESULTADOS: Do total de amostras, 58,5% eram do gênero masculino, 41,5% estavam na faixa etária de 0-10 anos, 56,1% estavam em investigação diagnóstica e 43,9% em acompanhamento terapêutico. Dos casos em diagnóstico, 43,5% (10/23) eram de leucemia linfoblástica aguda de células B comum e 26,1% (6/23) de leucemia mieloide aguda. A presença de clones de HPN foi verificada em 9,8% (4/41) do total investigado, sendo 3/4 observados na investigação diagnóstica e 1/4 em paciente em acompanhamento terapêutico, sem recaída. A combinação dos anticorpos FLAER/CD59PE/CD45Per-Cy5 em blastos e linfócitos, FLAER/CD15PE/CD45Per-Cy5/CD24APC em granulócitos e FLAER/CD14PE/CD45Per-Cy5/ CD64APC em monócitos mostrou-se como a melhor estratégia para caracterizar a presença de clones de HPN nesses pacientes, independente do tipo de amostra. CONCLUSÃO: A presença de clones de HPN em portadores de leucemias agudas não dependeu da ontogenia celular ou do estágio do paciente (diagnóstico ou acompanhamento terapêutico). A melhor estratégia de anticorpos para a identificação de clones HPN em blastos leucêmicos, independente da sua ontogenia, foi por meio da combinação de FLAER com CD45.Palavras-chave: Hemoglobinúria Paroxística; Leucemia; Citometria de Fluxo.ABSTRACT OBJECTIVE: To highlight the best antibody selection strategy to characterize the presence of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria (PNH) clones in patients undergoing diagnostic investigation of acute leukemia or in therapeutic follow-up. MATERIALS AND METHODS: Forty-one peripheral blood and bone marrow samples from patients with acute leukemia who underwent diagnostic investigation or therapeutic follow-up at two oncological and public hospitals in Belém, Pará State, Brazil, from February to July 2015, were analyzed. RESULTS: A total of 58.5% were male, 41.5% were 0-10 years old, 56.1% were under diagnostic investigation, and 43.9% were under therapeutic follow-up. Among cases under diagnostic investigation, 43.5% (10/23) were B-cell acute lymphoblastic leukemia and 26.1% (6/23) acute myeloid leukemia. The presence of PNH clones was observed in 9.8% (4/41) of cases, being 3/4 under diagnostic investigation and 1/4 under therapeutic follow-up, without relapse. The combination of FLAER/CD59PE/CD45Per-Cy5 antibodies in blasts and lymphocytes, FLAER/CD15PE/CD45Per-Cy5/CD24APC in granulocytes, and FLAER/CD14PE/CD45Per-Cy5/CD64APC in monocytes proved to be the best strategy to characterize the presence of PNH clones in these patients, regardless of sample ...
Introdução: A citometria de fluxo é uma metodologia importante para o diagnóstico das doenças linfoproliferativas crônicas de células B (DLPCB), contudo, por vezes, o citometrista não encontra subsídios suficientes para a definição exata da entidade patológica envolvida. Objetivo: Analisar os laudos emitidos a pacientes com doenças linfoproliferativas crônicas (DLPC) atendidos em um laboratório particular de Belém-PA, segundo os critérios de classificação estabelecidos pelos estudos de Matutes et al. e Craig e Foon. Método: Estudo retrospectivo com laudos de pacientes que realizaram imunofenotipagem por citometria de fluxo para diagnóstico de DLPCB no período entre setembro de 2015 a dezembro de 2019. Resultados: Depois de aplicados os critérios de Matutes et al. e Craig e Foon para os laudos analisados, observou-se concordância em: 45,24% casos de leucemia linfoide crônica de células B/linfoma linfocítico de pequenas células B; 14,29% casos de linfoma folicular; 4,76% casos de leucemia de células pilosas; e 21,43% de casos definidos como “outras DLPCB não classificáveis por citometria de fluxo”. Entretanto, o teste de hipóteses de Hotelling (p=0,0409) mostrou haver diferença estatística para a definição das DLPCB segundo os critérios aplicados. Conclusão: Os resultados ressaltam que, mesmo sendo a citometria de fluxo importante para a caracterização das DLPCB, por vezes, o citometrista necessita incluir no laudo a categoria “outras doenças linfoproliferativas crônicas de células B não classificadas por citometria de fluxo” para induzir o prescritor a solicitar mais exames complementares.
INTRODUÇÃO. A pandemia pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe muitas incertezas sobre quais parâmetros laboratoriais seriam mais adequados durante a evolução da COVID 19. OBJETIVOS. Correlacionar os resultados do hemograma (HGM), da relação neutrófilos/linfócitos (R N/L), da proteína C reativa (PCR) e dos achados morfológicos de indivíduos diagnosticados com infecção por SARS-CoV-2 através de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-PCR) em um laboratório particular de Belém, Pará, no período de março a setembro de 2020. MATERIAIS E MÉTODOS. Estudo retrospectivo com 30 indivíduos, de ambos os sexos, qualquer idade e queixa clínica, de origem domiciliar ou hospitalar que realizaram HGM, PCR e RT-PCR para COVID 19 até o 8o dia de infecção. As alterações morfológicas foram analisadas após a seleção das lâminas desses pacientes. RESULTADOS. Amostra composta por 15 homens e 15 mulheres, com idades entre 7 e 92 anos. Desses, 12/30 indivíduos estavam em domicílio e 18/30 internados. As principais queixas foram febre, mal-estar geral, diarreia e desconforto respiratório. O estudo estatístico mostrou a existência de relação de dependência direta entre os aumentos da R N/L, PCR e necessidade de internação (p=0,0005). A análise morfológica mostrou neutrófilos hipossegmentados com granulações tóxicas, monócitos vacuolizados e linfócitos reativos com citoplasma basofílico. CONCLUSÃO. Nossos resultados associam os níveis intermediários e elevados da R N/L com o aumento de PCR e a gravidade da doença, porém, sem relação com os achados morfológicos em neutrófilos, linfócitos e monócitos que foram comuns a todos os pacientes diagnosticados até o 8o dia de infecção.
Introdução: O potencial de transformação maligna de células-tronco hematopoiéticas portadoras de mutações no gene glicosilfostatidilinositol classe A (PIG-A) para leucemias agudas, embora raro, já é bem descrito na literatura. Objetivo: Neste estudo, porém, buscou-se evidenciar pela primeira vez na literatura o surgimento ou a manutenção de clones de hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) em pacientes diagnosticados com leucemia aguda ou ainda após o início do tratamento quimioterápico. Método: A pesquisa de clones de HPN foi realizada por citometria de fluxo em blastos, hemácias, granulócitos ou monócitos de 47 amostras de sangue periférico e medula óssea de pacientes submetidos à investigação diagnóstica ou acompanhamento terapêutico, provenientes de dois hospitais oncológicos e públicos de Belém, no período de dezembro de 2017 a dezembro de 2018. Resultados: A presença de clones de HPN foi observada em 19/47 (40,4%) amostras de pacientes, em investigação diagnóstica ou acompanhamento terapêutico, que realizaram pelo menos um estudo de acompanhamento terapêutico e ainda tiveram o surgimento ou a manutenção do clone de HPN mesmo após iniciado o tratamento quimioterápico. Conclusão: Foi possível evidenciar, de forma primária, a presença de clones de HPN em pacientes diagnosticados com leucemia aguda tanto no período de investigação diagnóstica como durante o acompanhamento terapêutico, independentemente da ontogenia celular. Sem, porém, que se possa ainda avaliar a importância da presença desses clones de HPN para a evolução da doença primária, prognóstico ou necessidade de tratamento específico.
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