O crescimento na geração de resíduos sólidos tornou o seu gerenciamento um serviço essencial para as cidades, sendo a coleta domiciliar e seletiva partes fundamentais desse processo. Assim, o objetivo do artigo foi criar um Indicador de Coleta de Resíduos Sólidos (ICRS) dos municípios paraenses, a partir dos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. A metodologia foi baseada na aplicação da análise fatorial que possibilitou a criação de um indicador, englobando variáveis relativas a coleta seletiva organizada, cobertura da coleta domiciliar urbana e legislação de resíduos sólidos. Os resultados demonstraram que 90% dos 20 municípios analisados apresentaram melhorias em seus ICRS, entre os anos de 2012 e 2018, porém também evidenciaram que a promulgação de legislação não é fator fundamental na implantação de sistemas de coleta seletiva. Dessa forma, políticas públicas mais eficazes são necessárias para que os municípios paraenses alcancem melhores resultados no gerenciamento de seus resíduos sólidos.

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O presente trabalho constitui-se como uma revisão de literatura do tema “arquivos pessoais” tendo como subsídio as recentes publicações sobre o assunto, principalmente sobre a perspectiva da arquivística. Entende-se que os “arquivos pessoais”, apesar de abarcarem documentos considerados de arquivo, contêm especificidades próprias diferentes dos arquivos institucionais e que devem ser compreendidas por aqueles que atuam e utilizam esse tipo de acervo. Nesse sentido, aborda-se a história dos arquivos pessoais, a diferença entre arquivo privado e arquivo público e as particularidades das tipologias documentais que os arquivos pessoais apresentam. Segue-se o debate sobre os motivos que levam a alguém a preservar os seus documentos, com destaque sobre “escrita de si”, quem deve ter os seus acervos recolhidos aos arquivos públicos, à relação da memória com os arquivos pessoais e o seu legado a sociedade. Finaliza sobre o perigo do “feitiço dos arquivos pessoais” devido à subjetividade na fase de formação de acervo. Longe de sugerir definições definitivas, esse trabalho busca apresentar diferentes perspectivas sobre o tema contribuindo tanto com o desenvolvimento da literatura arquivística como com o conhecimento aos interessados em arquivos pessoais.

Este estudo objetiva exemplificar possíveis reverberações da representação superficial de transtornos mentais em matérias jornalísticas. Para isto, utilizou-se como exemplo, uma publicação do portal de notícias do G1 Pará, que foi analisada diante de categorias previamente estabelecidas a partir do texto de Nunes e Torrenté (2009). Com as análises, identificou-se que o transtorno mental é mencionado sem especificações necessárias. Dessa forma, indagou-se se isto pode reforçar estigmas referentes a estes sujeitos como naturalmente perigosos e/ou incapazes de se proteger. Problematizou-se, então, como notícias virtuais influenciam padrões cognitivos humanos, potencializando movimentos segregacionistas no comportamento social.