AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
Nossa inspiração centra-se em estudos feministas e pós-críticos para, a partir de vivências docentes e estudos científicos, narrarmos as possibilidades de (re)produção dos discursos de ódio em ambientes escolares. Como corpos dissidentes, nos situamos no debate contemporâneo brasileiro acerca das questões de gênero e sexualidade na educação básica. Tendo em vista que é provável que façamos parte de escolas que reforçam a estrutura de opressão, ao escolher menosprezar a maneira como os corpos dissidentes são tratados dentro de seus muros, enfrentamos discursos que promovem agressões, além de silêncios que as permitem. Concluímos que devemos seguir lutando para que nossas identidades e formas de viver sejam tão válidas como as consideradas “corretas”, sem que para isso precisemos nos encaixar em padrões que nos violentam ainda mais.
Este trabalho apresenta uma análise bibliográfica de 15 livros infantis de Monteiro Lobato a partir de uma perspectiva antirracista. Como base para as argumentações, os estudos sobre relações raciais, sexismo e branquitude, desenvolvidos por diversas intelectuais negras, entre elas Lélia Gonzalez, Grada Kilomba, Nilma Lino Gomes e Conceição Evaristo, permeiam o texto visando transgredir as formas mais tradicionais de reflexão científica. O rigor teórico, contudo, não deixa de ser traçado nestas linhas em que urgentes indagações driblam o silenciamento e se expõem. Conclui-se que instigar novas concepções de realidade e confrontar um país racista faz parte de uma educação comprometida com o desmantelamento das injustiças e da indiferença destinadas às populações negras e indígenas.
Professoras inegavelmente lésbicas, professoras sapatonas, em salas de aula com crianças, driblam a obrigatoriedade de ser exemplos de heteronormatividade para a nova geração e protagonizam este trabalho. É preciso admitir que lecionar para crianças impõe cobranças diferentes das que recaem sobre docentes de outros níveis de ensino, apesar disso, tais especificidades costumam ser invisibilizadas como se não existissem. A exigência do padrão da “professorinha”, por exemplo, consiste em inúmeras pressões bem pouco sinalizadas em pesquisas, sobretudo se aliada à sexualidade, raça e geração. Ser professora de grupos de estudantes de zero a doze anos significa ter de lidar, cotidianamente, com imposições despropositadas a respeito do que seriam vestimentas, cortes de cabelo e comportamentos aceitáveis, dentro e fora do ambiente escolar. A situação se agrava quando se trata de professoras que estão longe de representar o modelo de “feminilidade” determinado para tal função e que, ao mesmo tempo, vivem relações afetivo-sexuais com outras mulheres. Este artigo baseia-se em pesquisa de mestrado em andamento, cujo referencial teórico e metodológico parte de contribuições de feministas lésbicas interseccionais e docentes-corpos-dissidentes em turmas de crianças.
Resumo: Publicado meses antes do surgimento da pandemia de coronavírus, o penúltimo livro de Ailton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo, já havia se convertido em leitura obrigatória, devido à originalidade de seus argumentos, embasados em imensa sabedoria ancestral. Neste trágico 2020 e nos próximos, se possíveis, torna-se ainda mais indispensável sua leitura, que denuncia o incomensurável apego a uma ideia fixa de paisagem da Terra e de humanidade como a marca mais profunda do Antropoceno, era da exaustão das fontes de vida que possibilitaram aos seres humanos prosperar. Livro que aduba mentes leitoras, com extremamente necessárias cosmovisões ancestrais, para o crescimento de sementes de solidariedade e justiça social entre os povos. Palavras chave: ensino; decolonialidade; interculturalidade; movimento indígena; Antropoceno. SEMILLAS PARA EL (IM)POSIBLE Resumen: Publicado meses antes del surgimiento de la pandemia de coronavirus, el penúltimo libro de Ailton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo, ya se había convertido en una lectura obligatoria, debido a la originalidad de sus argumentos, basados en inmensa sabiduría ancestral. De este trágico 2020 en adelante, su lectura se vuelve aún más indispensable, puesto que denuncia el apego inconmensurable a una idea fija del paisaje de la Tierra y la humanidad como la marca más profunda del Antropoceno, período conocido por el agotamiento de las fuentes de vida que permitieron a los seres humanos prosperar. Ese libro fertilizará las mentes con cosmovisiones ancestrales, extremadamente necesarias para el crecimiento de las semillas de solidaridad y justicia social entre los pueblos.
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