Essa é uma obra de suma importância para o conhecimento do povo Ka’aygwá ou Kaiowá. Escrito em uma perspectiva histórica e antropológica, situa no tempo e no espaço os Kaiowá contemporâneos e seus ascendentes, distinguindo-os de outros povos falantes de línguas Guaraní com os quais foram confundidos ao longo do contato com os não índios...
RESUMO Este texto apresenta algumas reflexões sobre a pluralidade linguística no Brasil, discutindo especificamente a contribuição do tupi antigo para o enriquecimento da variante brasileira da língua portuguesa e amplificando os debates em torno do ensino do empréstimo de línguas indígenas para singularizar a língua lusitana do aquém-mar. As discussões aqui empreendidas, com base em estudos da Linguística e da Sociologia críticas, têm por finalidade primeira fortalecer a tese de que, numa sociedade marcadamente mestiça, sua diversidade deve ser ensinada à população, favorecendo assim seu amadurecimento intelectual e cidadão ou, numa palavra, humano de seu povo. Desse modo, será possível contribuir para formar sujeitos capazes de ter, diante da diversidade, certa consciência da não existência da pureza linguística, cultural e social; aprender que as sociedades são complexas; aprender, enfim, as razões e os valores do que seja com-viver em sociedade.
O presente estudo destaca da produção do linguista Aryon Dall’Igna Rodrigues um dos temas que mais marcaram a sua contribuição ao estudo científico das línguas indígenas brasileiras, a pré-história das línguas Tupí. Discorreremos sobre alguns dos problemas de análise histórico-comparativa, para os quais Rodrigues desenvolveu soluções, fundamentando diagnósticos de graus de relações genéticas entre línguas, a reconstrução de partes dos sistemas linguísticos de línguas individuais e de conjuntos de línguas e, ainda, contribuindo para o desenvolvimento de modelos analíticos que descrevem a natureza e direções das mudanças ocorridas ao longo da história das línguas; consolidando, no âmbito das línguas nativas do Brasil, a funcionalidade de teorias e métodos de estudo comparativo.
Trata-se de um estudo sociolinguístico sobre a língua Kinikinau, uma língua Aruák a caminho da extinção, falada por um povo também conhecido como Kinikinau, localizado atualmente no sul do Pantanal, no estado do Mato Grosso do Sul. Buscamos descrever seu nível de vitalidade, bem como a falta de sua transmissão às gerações mais jovens e o seu papel simbólico para os falantes em sua relação com o território tradicional. Também objetivamos discutir as perspectivas de revitalização desse idioma indígena. Para lograr tais desideratos, utilizamos métodos colaborativos, de forma que o pensamento e a lógica Kinikinau fossem levados a sério em nossa pesquisa. Por fim, apresentamos um diagnóstico sociolinguístico da língua Kinikinau.
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