RESUMO: O artigo traz os resultados de pesquisa onde se estudou o Instituto Central de Ginástica de Estocolmo e como foi se constituindo lugar de cultivo e de divulgação do método sueco de ginástica. Mostra como o GCI, com suas políticas de formação e estratégias de ação, colaborou para o espraiamento da ginástica em diversos países. No Brasil, foca nos diversos modos em que o método ganha visibilidade: no pensamento pedagógico, nos manuais escolares e na presença de Fritjof Detthow, professor formado no Instituto, em São Paulo. O estudo mostra que a ginástica lingiana que chega ao Brasil precisa ser tomada como objeto cultural, como uma prática que não permanece pura e que, em sua circulação, carrega uma dimensão transformativa. A ginástica que Detthow traz ao Brasil guarda profundas relações com aquela aprendida no Instituto, ao mesmo tempo que, no contato com um novo caldo cultural e político, se transforma.
Esse estudo objetiva analisar saberes e práticas higienistas e eugenistas que circularam na revista Seiva, e que se tornaram parte do processo educativo da Escola Superior de Agricultura e Veterinária entre os anos de 1940 e 1948. Metodologicamente, está localizado no campo da História Cultural e utiliza dos ofícios do historiador, orientados por Certeau (2015). A eugenia circulou pela revista em suas conformações negativas e positivas, sendo esta última aliada aos preceitos higiênicos. O periódico visava incutir saberes modernos nos esavianos, tornando-os agentes do melhoramento rural, além de veicular saberes elementares aos sujeitos no campo. Considera-se que a revista Seiva se constituiu como parte do processo formativo dos esavianos e de sujeitos rurais, servindo a propósitos da Escola.
O presente estudo aborda o papel do esporte nas sedes da Associação Cristã de Moços (ACM) no Brasil. A Associação inseriu-se no Brasil no Rio de Janeiro (1893), Porto Alegre (1901) e São Paulo (1902). Com um projeto formador de contribuir na formação intelectual, moral-religiosa e física, percebe-se o esporte como uma prática que começa a ser indicada nas diferentes sedes no final da primeira década do século XX. Tivemos como propósito compreender o investimento das Associações Cristãs de Moços no Brasil, na construção de um ethos esportivo em um período circunscrito entre 1903 e 1929. Mobilizamos as seguintes fontes: panfletos, cartilhas, relatórios, atas, estatutos e a Mocidade: Revista Mensal das Associações Christãs de Moços no Brasil. A Associação Cristã de Moços no Brasil, ao materializar a construção de um ethos esportivo por meio de suas ações, contribuiu para a inserção e presença do esporte no Brasil.
O presente estudo teve como objetivo analisar a circulação da “Moderna Ginástica Sueca” na Revista Brasileira de Educação Física, no período da sua existência, 1944-1952. A ginástica sueca, criada por Pehr Henrik Ling no início do século XIX, passou por uma reconfiguração na Europa dando forma a uma “Moderna Ginástica Sueca”, que circulou no Brasil. A Revista Brasileira de Educação Física constituiu-se em um veículo no qual diferentes sujeitos que se dedicavam ao ensino da ginástica, apontavam uma forma de ginástica que contrapunha à rígida e monótona ginástica de Ling. Circula no Brasil, portanto, outra possibilidade de educar o corpo em um momento que a educação física brasileira debatia sobre a definição de um método adequado para o campo.
RESUMO A ginástica sueca, sistematizada por Pehr Henrik Ling (1776-1839) no Instituto Central de Ginástica de Estocolmo (GCI), foi divulgada pelo mundo ao menos até as últimas décadas do século XX, sobretudo, a partir do trânsito realizado por sujeitos formados no GCI. Dentre eles, podemos citar Ludvig Gideon Kumlien (1874-1934); sueco, formado no Instituto de Estocolmo, que se mudou em 1895 para Paris, na França, onde realizou diferentes ações de divulgação da ginástica de Ling, dentre elas a publicação de manuais. O que esses manuais nos revelam? Podemos afirmar que a ginástica divulgada por Kumlien é a ginástica de Ling? Ou que é a mesma ginástica que ele aprendeu no GCI? No contato com uma cultura diferente da sua de origem, Kumlien altera a ginástica que aprendeu? Assim, o presente artigo tem como objetivo compreender qual foi a ginástica divulgada por Ludvig Kumlien em seus manuais. Para dar conta disso, mobilizamos como fontes os manuais escritos por Kumlien e seus parceiros e reportagens de jornais dos países nos quais seus escritos circularam. Ao analisar os manuais de Ludvig Kumlien, observamos que a ginástica divulgada por ele em território francês foi se transformando no contato com uma nova cultura, tornando-se uma nova ginástica, diferente daquela proposta por Ling e ensinada no GCI.
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