Resumo:Processos erosivos podem ser identifi cados por meio de geoindicadores. O presente estudo classifi cou geoindicadores decorrentes da erosão no litoral de Pernambuco, no nordeste brasileiro. A metodologia foi baseada na detecção em campo da presença ou ausência de dez indicadores de erosão previamente descritos na literatura como recorrentes no litoral brasileiro. Estes indicadores foram agrupados em 4 classes de intensidade, sendo: nula (sem geoindicadores), baixa (geoindicadores ecológicos que não alteram signifi cativamente a paisagem), moderada (geoindicadores morfológicos que alteram significativamente a paisagem) e alta (geoindicadores causados pela ação antrópica). Os principais geoindicadores observados foram: pós-praia estreito ou inexistente, escarpa erosiva nas dunas, obras estruturais de proteção costeira, e árvores na face de praia ou com raízes expostas. Ao longo dos 172 km de praias arenosas do estado de Pernambuco foi identifi cado que 48% não apresentaram nenhum geoindicador de erosão, 8% apresentaram geoindicadores de baixa intensidade, 16% de moderada intensidade e os demais 28% apresentaram geoindicadores de alta intensidade de Informações sobre o ArtigoRecebido
A zona costeira está relacionada a porção continental e oceanica, considerada como dinâmica e complexa, sofre alterações em diversas escalas temporais. As classificações morfodinâmicas das praias são fundamentais para o monitoramento dos ciclos sedimentares, identificando processos temporais de estabilidade, acreção e erosão. Os objetivos deste estudo são efetuar a classificação morfodinâmica e a identificação de alguns processos costeiros, considerando uma análise espaço temporal (2010, 2011 e 2012) na praia do Paiva, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife no estado de Pernambuco, Brasil. Para isso, foram utilizadas informações tridimensionais do modelo digital do terreno obtidas pelo sistema global de posicionamento por satélites, bem como dados hidrodinâmicos (clima de ondas). Como resultados foram identificadas a presença de bermas, cúspides e canais de correntes de retorno, além de três estágios morfodinâmicos durante diferentes datas, sendo eles: banco transversal e corrente de retorno; banco e praia rítmicos e terraço de baixa-mar. As ondas apresentaram direções E, ESE e SE com a altura significativa de ondas variando de 1,61 a 3,39 m tendo 9,3 s de período médio de onda. Os perfis temporais apresentaram variações significativas, demonstrando processos de acreção e erosão, que variaram em torno de 1 m (verticalmente) na zona de espraiamento. O cálculo do balanço sedimentar resultou em acreção nos períodos de primavera e verão e erosão do outono ao inverno. As feições mapeadas mostraram-se eficazes para a classificação morfodinâmica proposta, gerando subsídios importantes para o monitoramento costeiro.
O Atol das Rocas representa o único atol do Atlântico Sul e sua evolução envolve uma complexa relação entre processos físicos, químicos e biológicos que resulta na formação de um recife biogênico e um depósito de sedimentos carbonáticos. A Ilha do Farol representa um dos depósitos acumulados na porção NO do Atol e serve de abrigo para duas bases científicas. Essa ilha vem sofrendo modificações desde os primeiros levantamentos sobre a sua geomorfologia. Com o propósito de investigar as modificações ocorridas na Ilha do Farol, o presente estudo realizou uma campanha de campo em maio de 2012 à Reserva Biológica para realizar um novo mapeamento geomorfológico e um estudo morfodinâmico da ilha a fim de compreender e inferir como a dinâmica sedimentar está se comportando nesse local. A partir do mapeamento foi possível observar um crescimento de 9000 m2 nos últimos 3 anos, em comparação com estudos anteriores, e que a ilha vem sofrendo constantes modificações. A Ilha do Farol pode ser dividida em três setores: o setor Oeste apresentou uma extensão máxima de 22,4 m e uma retração no estirâncio de 6,92 m e uma perda de volume sedimentar de aproximadamente 28,94 m3/m, representando assim o setor de maior energia; o setor Norte apresentou uma progradação de 0,71m e uma perda de volume 2,82 m3/m; o setor Leste se caracterizou por ser o ambiente que mais sofreu deposição, quantificada em 3,84 3/m, com uma progradação de 4,4 m. A classificação geral do diâmetro médio indicou uma fração variante de areia média a muito grossa (1,47 a -0,60 Ø). O desvio padrão foi classificado como moderadamente selecionado para toda ilha, com uma média de 0,71 Ø. A ilha apresenta grande mobilidade de sedimentos que resulta em constantes modificações em sua morfologia e os dados levantados aqui indicam que a Ilha do Farol apresenta uma tendência a um aumento a partir de uma deposição no sentido horizontal, fato que pode estar correlacionado ao aumento na produção de partículas biogênicas ou a fatores hidrodinâmicos locais ainda desconhecidos.
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