A maior parte dos trabalhos ornitológicos realizados em Santa Catarina se concentra na metade leste do estado, enquanto no centro-oeste praticamente inexistem informações publicadas. Entre março 2000 e maio 2002 foi realizado um inventário da avifauna nas áreas de infl uência das usinas hidrelétricas de Machadinho e de Barra Grande, ao longo da margem catarinense dos rios Uruguai e Pelotas. Realizaram-se amostragens ad libitum, contagens em pontos de escuta e capturas com redes de neblina. O presente trabalho registrou setenta e dois registros notáveis para o território catarinense, sendo duas novas ocorrências (Cypseloides senex e Procacicus solitarius), três que se baseavam apenas em informações bibliográfi cas de cunho geral (Amazona pretrei, Ramphastos toco e Capsiempis fl aveola), quatro que foram registradas pela primeira vez nos últimos 40 anos (Megascops sanctaecatarinae, Macropsalis forcipata, Phyllomyias virescens e Corytops delalandi) e outras sessenta e três espécies citadas pela primeira vez para o vale do rio Uruguai em sua porção leste.

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O trabalho objetiva apresentar e discutir um panorama da caracterização, avanços e desafios da crise hídrica vivenciada na bacia hidrográfica do Rio Santa Maria do Doce no estado do Espírito Santo. A pesquisa teve como propósito, não só um olhar de cunho técnico científico, mas, ser instrumento de reflexão e de ações de melhoria, fornecendo subsídios para orientar futuras atuações e investimentos públicos. A pesquisa caracteriza-se de natureza qualitativa e exploratória, para tanto, o trabalho constou de visitas em campo, uso de fichas-relatório, registros fotográficos, aquisição de dados secundários, assim como mediante abordagens em entrevistas semiestruturadas. É inegável a atuação dos órgãos públicos e do comitê da bacia, contudo pela análise dos aspectos analisados, entende-se que faz-se necessário inovações numa perspectiva de mudança radical dos hábitos para a convivência com baixa demanda hídrica, é preciso a internalização urgente de uma nova cultura para atuar diante dos desafios da realidade, como armazenamento da água pluvial, igualmente é salutar adoção efetiva de atitudes e estratégias ambientais inteligentes para a preservação das nascentes, matas ciliares, uso racional dos recursos hídricos.

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