A renovação lexical sempre esteve presente na linguagem literária. Na atualidade, o processo de criação vocabular apresenta exemplos diários na linguagem midiática. Os neologismos formais ou vocabulares vêm sendo utilizados em diversos segmentos da mídia, o que também ocorre, em menor escala, com os neologismos semânticos ou conceituais. Neste artigo, os tipos de criações neológicas são abordados em uma perspectiva teórica que busca a integração entre léxico e discurso. O corpus analisado contém dez neologismos referentes à operação Lava Jato e ao governo Bolsonaro.
O presente artigo parte da premissa de que não há imparcialidade na linguagem midiática que, por seus aspectos argumentativos, deve ser objeto de pesquisa nas abordagens de linguistas e professores de Língua Portuguesa. A integração de estudos sobre léxico e discurso vem constituindo a base das nossas pesquisas e, para tanto, teorias linguísticas sobre o adjetivo são revistas com o intuito de abordar textos midiáticos cada vez mais presentes nas aulas de linguagem. A abordagem a ser desenvolvida encontra suporte nos trabalhos sobre adjetivos nas gramáticas tradicionais, de grande prestígio entre os estudiosos da área, e nas novas gramáticas escritas por linguistas nas três últimas décadas. Na fundamentação teórica, partiu-se da ideia de que o adjetivo não é um termo secundário, meramente acessório, mas sim uma palavra de forte papel discursivo-argumentativo na elaboração de textos. Apresenta-se aqui uma abordagem, com fins comparativos, de textos das revistas Veja e Carta Capital sobre o governo Dilma Roussef, antes e após o impeachment, com o intuito de mostrar, com base numa tipologia do adjetivo, como se constroem, ideologicamente, as mensagens jornalísticas.
O estudo aqui apresentado utiliza uma abordagem linguístico-discursiva dos cartuns de Bruno Drummond. Estabelece, inicialmente, uma distinção, no campo do humor gráfico, entre charge, cartum e caricatura. A seguir, destaca as características do cartum. Para a análise do corpus, recorre-se aos conceitos de polissemia e interdiscursividade estabelecendo a diferença entre esta e a intertextualidade. Na fundamentação teórica do humor gráfico, priorizam-se as considerações de Teixeira (2001 e 2005) e do autor (2007) em análise. No que respeita ao binômio interdiscursividade/intertextualidade, dá-se destaque aos estudos de Jenny (1979), Orlandi (2001) e Fiorin (2003). Na abordagem da polissemia, na comparação com a homonímia e a sinonímia, valorizam-se as obras de Borba (1970), Gonzáles et al. (1989). Por fim, também deram suporte à análise do corpus as considerações de Charaudeau (no prelo) sobre inferências discursivas.
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