No ano em que os judeus no mundo inteiro celebram os 60 anos da Independência do Estado de Israel, torna-se oportuna a publicação da coletânea de artigos "O anti-semitismo nas Américas: história e memória". Organizada pela historiadora e professora livre-docente do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) Maria Luiza Tucci Carneiro, o livro reúne um considerável time de profissionais de diferentes nacionalidades, composto, mormente, por historiadores. Carneiro, desde a publicação de sua tese de doutorado-"O anti-semitismo na Era Vargas: fantasmas de uma geração (1937-1945)", em
Proponho pensar como funciona, que tipo de elementos são deslocados, apagados ou focalizados e, acima de tudo, que tipo de figurações são apresentadas nas celebrações oficiais (públicas) do passado brasileiro, em geral, e em particular, no discurso oficial das comemorações do Dia da Independência do Brasil (7 de setembro de 1822). Que estética é mobilizada quando o passado "brasileiro" aparece em público (oficialmente)? Argumento que esse conjunto de figurações permite identificar o que eu chamo de "estética do brasileiro": promover uma consciência nacional (e histórica) in-diferente e etnocêntrica. A poderosa imaginação histórica mobilizada quando se trata de performances do passado brasileiro recicla anualmente os elementos estereotipados nessa estética, acionados por uma cultura histórica modernista que não lançam novos e promissores futuros, mas a celebração pública de um formato específico de nostalgia.
Este artigo analisa um “futuro pretérito”: o Instituto de Pesquisa Histórica (IPH), idealizado por José Honório Rodrigues entre meados da década de 1940 e inícios de 1950. Trata-se de um horizonte não concretizado. Em meio às tensões que marcaram o processo de constituição de uma historiografia profissionalizada no país, o IPH visava inaugurar uma nova fase da história no Brasil. Esse lugar social e institucional centralizaria quase todas as etapas da produção de conhecimento histórico, concorrendo, inclusive, com as Faculdades de Filosofia no que toca à pesquisa e formação de historiadores. Avalio aqui sua proposta bem como o que estaria em jogo para seu idealizador no momento em que formulou seu projeto.
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